quarta-feira, 10 de junho de 2009

UMA POUSADA ESPIRITUAL


Lembro-me quando um amigo meu, o Eduardo, no começo de sua vida de casado, nos convidou para ir tomar um lanche em sua casa. Tudo novinho, limpinho e arrumadinho, mas ainda sem história, como a maior parte das moradias de recém-casados. Naquele dia ele me disse que junto com a esposa, tomaram a decisão de formar um lar que fosse uma referência espiritual para os outros.
E foi. Digo foi porque esse rapaz já está desfrutando da vida junto de Deus. Mas enquanto viveu, junto com a mulher e os 3 filhos, escreveram uma das mais lindas histórias de amor a Deus, capaz de orientar qualquer pessoa que os vissem. E até hoje a Elaine e os filhos são um exemplo para quem quiser ver.
Se uma pessoa precisa comprar pão, eu a mando a uma padaria, se for carne recomendo um açougue, se ela precisar de um sapato, uma sapataria, mas se ela quiser saber como experimentar da “graça de Deus”, eu não indicaria uma Igreja, mas sim o lar de uma família que leva Deus a sério. Pode ser o meu.
No convite do nosso casamento, a Denise e eu decidimos colocar o final de um versículo que mostra o nosso propósito com o casamento: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Josué 24:15)
Sem avisar e de repente, uma amiga nossa, uma senhora com uns 55 a 60 anos, foi em casa para pedir uma coisa. Começou me falando o que eu já sabia, ou seja, que ela podia entrar em qualquer shopping de Campinas ou de São Paulo e comprar o que quisesse. Devido ao muito dinheiro que o marido tinha, ela podia comprar desde um alfinete até um helicóptero. Depois de afirmar isso ela disse: “Mas o que eu quero está dentro dessa casa”.
Eu olhei em volta. Devo dizer que eu e a Denise éramos recém casados. Nosso quarda-roupa não tinha portas, pois foi meu sogro quem o deu, e tirou-o do forro do telhado onde estava guardado e onde se estragaram as portas. O armário onde guardávamos os produtos de limpeza era feito de 3 caixotes de madeira lixados e pintados pela Denise e por mim. Nosso “aparelho de som” era um radio-gravador, para ouvirmos as notícias e músicas das fitas cassete. Não tínhamos TV. A sala não tinha móveis, a não ser o sofá-cama onde a Cíntia, nossa filha, dormia.
E, sentada naquele sofá-cama da Ciça, naquela sala vazia, aquela mulher que podia comprar o que quisesse, vem e fala que quer algo que tenho. Lembro-me que pensei “Se for o fogão não tem como dar”, mas assim mesmo falei:
- Me diga o que a senhora quer e, se pudermos, nós lhe daremos.
- Eu quero FELICIDADE!
Foi naquele dia que ela aceitou a Jesus.

2 comentários:

  1. Realmente nossa casa é cheia de felicidade e de propósitosde levar Deus á serio, e a melhor indicação para que quer saber de Deus é um lar de pessoas comprometidas.Ciça.

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  2. Inspirador!
    Que Deus continue te abençoando poderosamente. um abraço.
    Andréia

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