segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A BÍBLIA E O INTERRUPTOR DE LUZ


Quando isso aconteceu, a Cíntia, minha filha, devia ter uns 10 anos, se eu não me engano. Era de noite, eu e a Denise líamos na sala de casa enquanto a Ciça brincava no tapete e, sem parar de brincar, me perguntou a razão pela qual devemos ler a Bíblia todos os dias. Nós a ensináramos a ter diariamente o seu momento devocional, e ela o fazia sem dificuldade (como o faz até hoje). Ele só queria saber a razão dessa prática.
Fechei o livro que estava lendo, coloquei-o de lado e pedi que ela fosse até o banheiro comigo. Mandei ela apagar a luz e olhar para o interruptor. Ela observou que ele estava fosforescente. Voltamos para a sala e eu disse para ela continuar brincando que depois ela teria a resposta à sua pergunta. A Ciça voltou a brincar e eu a ler.
Passado um tempo, fiz com que ela voltasse comigo ao banheiro, só que a impedi de acender a lâmpada. Ela notou que o interruptor ainda brilhava, mas com bem menos intensidade. Expliquei-lhe que quanto mais ele estivesse exposto à luz, mais brilharia, e que no escuro, seu brilho iria diminuindo gradativamente.
Usei essa ilustração para ensinar que com Deus também é assim. Quanto mais estivermos em sua presença, expostos à sua Palavra, mais “o nosso rosto vai brilhar”. Note o seguinte texto que, embora o contexto seja outro (fala da glória da Lei que se desvanece), serve como ilustração:
“Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:12-18)
Moisés ia até a tenda do Tabernáculo, colocava-se diante de Deus e quando saía, seu rosto literalmente brilhava. Conforme o tempo passava, aquele resplendor ia desaparecendo e só voltava quando, de novo, ele se punha diante de Deus. Para que as pessoas não vissem esse diminuir, Moisés cobria o rosto com um véu.
Seguindo esse raciocínio, me lembrei da declaração de um pianista famoso do qual não lembro o nome. Ele disse algo mais ou menos assim: “Se eu não ensaio 2 dias, eu noto a diferença; se não ensaio uma semana, minha mulher nota a diferença; 1 mês sem ensaiar e meus amigos notam; mais de um mês e todo mundo nota”.
Aplique isso a estar com Deus todos os dias.

3 comentários:

  1. Muito bacana a ilustração fiquei imaginando a cena...
    Pastor pode acontecer de a glória do Senhor estar brilhando em nosso rosto e nós não percebermos?

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  2. Sim, pode. Penso até que com mais frequência do que imaginamos. Mas não devemos buscar a presença de Deus só para ficarmos mais "brilhantes", e sim por tudo que ELE é.
    Obrigado, Adriano, por estar sempre por aui. Seus comentários enriquecem o Blog.
    Abraço, Xyko.

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  3. Sim claro, foi só uma dúvida. É bom saber que brilhamos sem perceber. Imagine eu que agradeço a oportunidade de poder aprender.

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