Ela era uma senhora com uns 60 anos. Chamava-se Mercedes. Seu caso me impressionou profundamente. Quando ela morava lá no Rio de Janeiro, mocinha ainda, casou-se com um homem que se revelou alcoólatra, viciado em jogos de baralho e mulherengo. E era assim que ele gastava todo o seu salário. E o dela também. Talvez a imaturidade da então mocinha ou a paixão típica da mocidade tenham impedido de reconhecer a realidade, mas o fato é que ela acabou se casando com esse típico cafajeste e teve dele 3 filhos, todos meninos.
Cansada de apanhar do “marido” (pois é, tem mais essa: volta e meia ele batia nela), a Mercedes se muda para Campinas e com muito trabalho de faxineira sustenta e cria os filhos. Até que um dia a Dona Mercedes conhece um homem, Seu Jarbas, trabalhador, honesto, carinhoso com ela, atencioso com os filhos dela, amoroso com todos e, como havia saído o divórcio daquela até então sofredora mulher, acabam se casando no civil. Com muito esforço, o Seu Jarbas dá estudo para os meninos, compra uma casa para a mulher e uma para cada um dos rapazes.
Os filhos da Dona Mercedes começaram a frequentar um grupo de estudos bíblicos conosco e se converteram ali. Falaram de Jesus para a mãe e ela se tornou uma pessoa daquelas que levam Deus muito a sério, tanto que começou a frequentar uma Igreja evangélica. Era uma Igreja Batista. Quando ela quis se tornar membro da mesma para poder ajudar em um ministério específico daquela Igreja, o pastor lhe disse que não podia pelo simples fato de ser ela divorciada, e mais, ele a exortou a abandonar o Seu Jarbas, voltar para o Rio de Janeiro para tornar a morar com aquele que sabíamos estar cada vez mais bêbado, viciado e mulherengo.
Como ela me pediu ajuda, conversei e estudei o assunto com vários pastores. Uns eram contra o segundo casamento para os divorciados, outros pensavam que, como a Bíblia dá a opção do divórcio, cada caso tem que ser analisado separadamente.
Espaço para a separação a Palavra de Deus dá:
“Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz. Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1 Coríntios 7:10-16)
Mas, se uma pessoa divorciada se unir a um outro, não pode voltar ao primeiro relacionamento:
“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança.” (Deuteronômio 24:1-4 )
O que eu aprendi com tudo isso é que Deus valoriza ao máximo o casamento, mas também, quando por motivos alheios à vontade da pessoa ela não tem outra opção a não ser o divórcio, Deus quer que ela considere isso com seriedade.
Amanhã faremos umas últimas considerações sobre esse assunto.
Cansada de apanhar do “marido” (pois é, tem mais essa: volta e meia ele batia nela), a Mercedes se muda para Campinas e com muito trabalho de faxineira sustenta e cria os filhos. Até que um dia a Dona Mercedes conhece um homem, Seu Jarbas, trabalhador, honesto, carinhoso com ela, atencioso com os filhos dela, amoroso com todos e, como havia saído o divórcio daquela até então sofredora mulher, acabam se casando no civil. Com muito esforço, o Seu Jarbas dá estudo para os meninos, compra uma casa para a mulher e uma para cada um dos rapazes.
Os filhos da Dona Mercedes começaram a frequentar um grupo de estudos bíblicos conosco e se converteram ali. Falaram de Jesus para a mãe e ela se tornou uma pessoa daquelas que levam Deus muito a sério, tanto que começou a frequentar uma Igreja evangélica. Era uma Igreja Batista. Quando ela quis se tornar membro da mesma para poder ajudar em um ministério específico daquela Igreja, o pastor lhe disse que não podia pelo simples fato de ser ela divorciada, e mais, ele a exortou a abandonar o Seu Jarbas, voltar para o Rio de Janeiro para tornar a morar com aquele que sabíamos estar cada vez mais bêbado, viciado e mulherengo.
Como ela me pediu ajuda, conversei e estudei o assunto com vários pastores. Uns eram contra o segundo casamento para os divorciados, outros pensavam que, como a Bíblia dá a opção do divórcio, cada caso tem que ser analisado separadamente.
Espaço para a separação a Palavra de Deus dá:
“Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz. Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1 Coríntios 7:10-16)
Mas, se uma pessoa divorciada se unir a um outro, não pode voltar ao primeiro relacionamento:
“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança.” (Deuteronômio 24:1-4 )
O que eu aprendi com tudo isso é que Deus valoriza ao máximo o casamento, mas também, quando por motivos alheios à vontade da pessoa ela não tem outra opção a não ser o divórcio, Deus quer que ela considere isso com seriedade.
Amanhã faremos umas últimas considerações sobre esse assunto.
Caro Xyko,
ResponderExcluirBoa provocação para uma reflexão sobre um tema bem atual: o contraste entre a essência e a aparência (dá para considerar como sinônimo de existência).
Para os gregos antigos somente os deuses podiam ser esculpidos nus, pois neles a essência era igual à aparência, não tinham nada a esconder. No ser humano existe sim um conflito enorme entre a essência (aquilo que acreditamos, a perfeição, o ideal) e a realidade, a existência, explicitada na aparência (talvez por isso Deus colocou roupas de pele em Adão e Eva depois da Queda).
Apesar de aspirarmos a perfeição, somos humanos e imperfeitos... nem sempre o ideal é alcançado, caímos e nos levantamos todos os dias...
Mas, por outo lado, tem de haver lugar para todos em nossos corações, bem como em nossas Igrejas (creio que a Igreja Católica é ainda mais rígida nesse assunto de casamento). O Donatismo (doutrina que era implacável com aqueles que fraquejavam na fé durante as perseguições dos primeiros séculos do Cristianismo) foi sabiamente rejeitado...
O desafio é não cair no relativismo e na complacência exagerada, pois não é fácil julgar ("Não julgueis para não serdes julgados...").
Na dúvida Jesus ensinou Amar, é a nossa única saída...
Que Deus abençoe a D. Mercedes e S. Jarbas em sua nova família...
Que Deus abençoe também o antigo marido, certamente ele precisa ainda mais...
Paz,
Venâncio
Amigo Xyko, este assunto me fez sentir vontade de compartilhar minha história que vc, através de um conselho vindo De Deus transformou minha vida,o Perdão e a Graça que tanto conversamos me fez amar, perdoar e reconstruir meu casamento, hoje temos uma filha linda, a Beatriz (4 anos), vc conhece ela é linda, faz carinha de brava quando não conhece as pessoas. Certamente não foi uma decisão fácil mas, hoje vejo como meu marido esta se transformando e deixando Deus agir, não esqueci também de IPedro,sempre estou sendo tocada neste ponto. Obrigada por tudo e parabéns pelo blog.Desejo muita saúde e sabedoria todas as vezes que acesso oro por vc e seu trabalho. Um abraço Meire
ResponderExcluirQuerida Meire, me alegro de ter tido o privilégio de ter podido participar da sua felicidade. Tá aí a realmente linda Bia. Dá um beijo nela por mim.
ResponderExcluirUm abraço, Xyko.