quinta-feira, 30 de junho de 2011

QUEM SABE, SABE

Olha só essa piadinha: um homem tinha que atravessar um enorme precipício; procura daqui, procura dali, até que ele encontra uma tosca ponte em cujo lado estava um cartaz de alerta no qual estava escrito “CUIDADO, O PESO MÁXIMO QUE A PONTE SUPORTA É UMA PESSOA; ATRAVESSAR UM DE CADA VEZ”; diante disso o homem, que estava só, começou a atravessar e assim mesmo a ponte caiu. Por que? Porque “um homem prevenido vale por dois”.
Infame, não é mesmo? Desculpe-me, mas foi uma forma diferente de introduzir no assunto a idéia do valor de um homem prevenido.
Observe esse episódio bíblico:
“Naquele tempo, Josué fez o povo jurar e dizer: Maldito diante do SENHOR seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos e, à custa do mais novo, as portas.” (Josué 6:26)
Como podemos ver, havia uma maldição que cairia sobre quem reedificasse Jericó. Sabedor dessa maldição, você a reconstruiria? Pois não é que teve um que o fez!?
“Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu Segube, seu último, segundo a palavra do SENHOR, que falara por intermédio de Josué, filho de Num.” (1 Reis 16:34)
Hiel o sabia com certeza, e assim mesmo o fez! Alguns estudiosos chegam a acreditar que o próprio Hiel matou os filhos em duas cerimônias onde houve sacrifícios humanos.
Agora pensa comigo: e quanto às inúmeras coisas que Deus falou para eu não fazer e eu fiz assim mesmo?! O ter desamor pelos outros é um bom exemplo.
PARA REFLETIR:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” (João 14:15)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DICA DE SHOW

CONFESSO QUE NÃO SABIA

Já tive algumas oportunidades nas quais alguns pacientes aproveitaram que estavam internados, com um pastor à disposição, então quiseram se confessar. Note: eles tinham lá o seu pastor, seus irmãos mais velhos e experientes, família, mas não tinham liberdade e intimidade para se expor com uma confissão de pecados. A sua imagem ficaria comprometida. Mas com o pastor do hospital é diferente, ele não convive com o que se abre em suas falhas. Alguns desses pacientes (comigo, até hoje, só foram homens), após a confissão, dispensaram nossas visitas.
Isso demonstra a ânsia que muitos de nós temos de “colocar tudo para fora”.
Muito embora nunca tenha usufruído a contento da mesma, creio que a confissão auricular (onde o cristão confessa seus pecados frente a frente com o sacerdote) é uma das “instituições” mais valiosas que existem! É bíblica essa ordem:
Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:16)
Há um potencial enorme de força terapêutica quando temos a oportunidade de nos abrirmos com alguém maduro e íntegro na fé.
Sabendo que é na cruz, e não na confissão em si, que nossos pecados são perdoados, busquemos essa preciosa prática cristã que, por diversos motivos, perdemos em alguma dobra do tempo passado.
A confissão dos pecados é o protocolizar a certeza do perdão. Nem o sacerdote nem o outro a quem se confessa, podem nos negar esse perdão que já dado por Deus Pai.
Mas atente para esse único pré-requisito: que a confissão seja precedida pelo arrependimento.
PARA REFLETIR:
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:30)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA ÚLTIMA OLHADA

Desde que me casei já mudamos de casa 4 vezes. Em cada uma dessas mudanças eu fiz uma coisa que apreciei bastante: depois que todas as coisas já estavam no caminhão, fui lentamente, cômodo por cômodo, agora vazios de móveis e objetos, mas repletos de recordações. Dei uma última olhada em cada canto onde foi vivida a “nossa história”, afluente da História Geral.
Uma última olhada. Serve para fixar na memória, como “marcos antigos”, a forma como vivemos a nossa vida aqui na terra. Esses marcos antigos servem para demarcar nossas conquistas e heranças concedidas pelo Senhor.
É a isso que o seguinte versículo se refere:
Não mudes os marcos do teu próximo, que os antigos fixaram na tua herança, na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para a possuíres.” (Deuteronômio 19:14)
O apartamento no qual moramos agora é nosso, não é alugado. Dali só nos mudamos se quisermos. E queremos. Para onde? Vou responder com um versículo:
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.” (João 14:2)
Mais outro verso:
Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.” (2 Coríntios 5:1).
Uma última olhada para contabilizarmos nossos afetos e desafetos, vitórias e derrotas, amigos e inimigos, amores e desamores, acertos e fracassos.
Para você que concordou comigo mas acha que essa mudança não é para agora, eis um versículo:
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12:20)
E por fim, só resta notar que, como “desse mundo não levamos nada”, não precisaremos de caminhão.
PARA MEDITAR:
Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4:7)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

REFLEXÃO SOBRE A REFLEXÃO

“Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde (...)..” (Gênesis 24:63a)
Eu invisto bastante tempo no meditar, no ficar sossegado para pensar. A Denise às vezes estranha e pergunta a razão de eu estar parado sem fazer nada. E quero também que os outros tenham igualmente o mesmo hábito. Em quase todos os textos que escrevo para postar no Blog, no final coloco um desafio a se pensar. Geralmente escrevo “PARA REFLETIR” e em seguida um texto bíblico. Quando você lê aquilo pega os versículos para meditar? Por que?
“Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.” (Lucas 2:19)
O que é meditar sobre um texto bíblico?
É fazer alguma perguntas para o texto, tais como:
O que o autor quis dizer para os leitores daquela época?
E para a época de hoje?
Como esse trecho pode aumentar minha comunhão com Deus?
Como esse trecho pode aumentar meu amor pelos outros?
O que preciso fazer ou deixar de fazer?
Experimente fazer isso.
PARA REFLETIR:
“As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” (Salmos 19:14)

terça-feira, 21 de junho de 2011

CONVERSA VAI, CONVERSA VEM

Ontem não postei texto algum porque passei a manhã inteira (período que geralmente uso para escrever) conversando. Momentos preciosos de crescimento fraternal e espiritual.
Primeiro foi com o meu pastor, o Fernando Leite. Muitas idéias, experiências e conselhos cujo valor é incalculável. Depois foi com o Bruno Neves, conversamos bastante sobre um texto bíblico sobre o qual ele vai pregar nesse fim de semana. Foi muito legal. Depois veio o João Rodrigues. Ele compartilhou umas coisas que tem descoberto em umas pesquisas às quais tem se dedicado.
Depois, para fechar com chave de ouro, veio uma senhora de 83 anos, a Dona Cida. Ela marcou um horário comigo, sabe para que? Só para conversar. E foi uma conversa muito rica!
Ainda outro dia, estava um frio terrível, eu tinha um monte de coisas para fazer, mas investi um tempão conversando com o João Sacchi, que também é missionário e pastor aqui na nossa Igreja. E não foi sobre trabalho que falamos. Conversamos sobre a natureza, sobre como são mais saborosas as hortaliças colhidas de uma horta caseira, sobre alguns amigos comuns e outros assuntos mais. E o serviço lá, me esperando. Mas não me arrependi nem um pouco. Valeu muito.
O que você acha de tudo isso?

sábado, 18 de junho de 2011

NÃO ACREDITO – Texto de Osmar Ludovico

Não acredito em respostas prontas, estereotipadas e definitivas, mas em ser apenas um aprendiz, aprendendo sempre, num processo sem fim de aprender, desaprender e reaprender.
Não acredito em estratégias, modelos ou planos religiosos definidos e reproduzíveis, mas nas surpresas do dia a dia vivido na presença de Deus, no convívio familiar e comunitário.
Não acredito em projetos ministeriais importados e apostilados, mas no serviço simples, contínuo e discreto em favor dos pobres.
Não acredito em técnicas de evangelização, mas sim em pregar o Evangelho com a vida, e, quando necessário, usar palavras.
Não acredito no barulho e na agitação, mas sim no recolhimento e no silêncio.
Não acredito na busca de poder religioso para alimentar ambições pessoais, mas sim no poder que se aperfeiçoa na fraqueza.
Não acredito no que acontece sob os holofotes e é propagandeado, mas no imperceptível, no pequeno, no gesto simples do cotidiano.
Não acredito em lideranças personalistas, mas em servos anônimos que refletem a vida e o caráter de Cristo.
Não acredito num Evangelho explicativo, argumentativo, teórico, mas no Evangelho que me coloca em uma relação afetiva com Deus, comigo mesmo e com meu próximo.
Não acredito na linguagem da motivação e da autoajuda, mas na linguagem da intimidade que encontra espaço para afetividade e confidências.
Não acredito na teologia da prosperidade, mas numa teologia que gere quebrantamento, humildade, simplicidade e serviço desinteressado.
Não acredito em crentes bonzinhos e certinhos, mas em gente real que erra e se arrepende e não tem vergonha de se apresentar como pecador remido pelo sangue do Cordeiro.
Não acredito em oração que busca conforto pessoal, mas em oração que clama por santidade pessoal e luta por um mundo mais justo.
Não acredito em oração gritada em público com o intuito de chamar atenção sobre si, mas na oração no secreto onde ninguém vê e ninguém sabe.
Não acredito em testemunhos, livros e conversas de pessoas que se consideram vitoriosas em tudo e que nunca erram, mas em pessoas reais que se alegram e se entristecem, têm virtudes e defeitos.
Não acredito em práticas religiosas produzidas pela mente humana, mas naquelas que são fruto de uma intimidade com Deus.
Não acredito em igrejas de classe média voltadas para si mesmas e sem visão social, mas naquelas cujos recursos humanos e financeiros são disponibilizados para missões e para os pobres.
Não acredito que o marketing nos trará o Reino de Deus entre nós, mas em ações concretas na busca da justiça e da paz nas nossas cidades.
Não acredito em profecia que gera crentes infantilizados dependentes do profeta, mas em profecia que anuncia o juízo, gera quebrantamento e dependência de Deus.
Não acredito nos abraços e nos “eu te amo, meu irmão” instantâneos induzidos por pregadores, mas em abraços e amizades pessoais vividas no cotidiano, ao longo da vida.
Não acredito em adoração que se resume ao “louvorzão” do domingo dirigido por levitas, mas que glorificar a Deus é um estilo de vida de doação e santidade.
Não acredito em alguém que diz que ama a Deus e não tem amigos, mas naqueles cujos vínculos, afetos e amizades evidenciam que de fato são discípulos de Cristo.
Não acredito em discipulado que é mera doutrinação de conceitos e informações corretas, mas no discipulado que gera metanóia, arrependimento, mudança interior que se reflete nos gestos e atitudes do dia a dia.
Não acredito em um crescimento espiritual linear e progressivo, mas em um processo contínuo de aprender, desaprender e reaprender, sujeito a recaídas, crises e dúvidas.
Assim, não acredito que cheguei lá, que já tenho todas as respostas. Deus tem me dado graça e coragem para continuar nesta jornada sem volta, distanciando-me cada vez mais da minha natureza caída em direção à perfeita estatura da varonilidade de Cristo. Quanto mais avanço, mais distante fico do meu ponto de partida – meu “eu” caído, e mais me aproximo de onde quero chegar: tornar-me à semelhança de Cristo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

IGUALMENTE DIFERENTE

Por que um jovem coloca na orelha um daqueles alargadores? Ou um piercing no nariz, orelha, língua ou sei lá onde? Ou então qual a razão de fazer uma tatuagem? A primeira resposta que nos ocorre é que ele quer ser diferente. Precisa disso ainda.
Mas se perguntarmos a um desses jovens se ele gostaria de ser, por exemplo, um cadeirante para ser diferente, com certeza sua resposta seria negativa. Ser cadeirante implica em dependência dos outros, limitações, sofrer preconceitos e outros sofrimentos. Isso ninguém quer.
Por que as pessoas que participam de alguma competição querem ser o primeiro lugar? Para ser distinto dos outros.
Agora, pensa comigo: para Deus, todos somos iguais.
Para com Deus não há acepção de pessoas.” (Romanos 2:11)
Mas, por outro lado, somos únicos aos olhos de Deus:
“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Salmos 139:14-16)
Resumindo, todos queremos ser distintos dentro da normalidade.
Outro dia fiquei imaginando o que passa pela cabeça de uma menina adolescente, que porventura é feia, no momento em que se olha em um espelho. Querer mudar de corpo, ir para um outro melhor, isso é impossível. E já que é naquele corpo que ela vai ter que ficar até morrer, só resta tentar melhorar sua aparência. Arrumar o cabelo, a pele, o peso, o nariz, seios, pernas ... muito lucro para a indústria da moda e de cosméticos.
Eu fiquei imaginando tudo isso pois me vi em um espelho.
É doce pensar que Deus me ama desse jeitinho que sou!
PARA REFLETIR:
Se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,” (1 Pedro 1:17)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

RELIGIOSIDADE OU ESPIRITUALIDADE

Por que será que nós preferimos a religiosidade à espiritualidade? Vou me arriscar responder a essa pergunta colocando a minha experiência e meu ponto de vista.
É que se vivermos a religiosidade, podemos nos comparar uns aos outros e, assim, demonstrar que “temos valor”. Olha o que o apóstolo Paulo escreveu sobre isso:
Não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez.” (2 Coríntios 10:12)
Outra razão para preferirmos a religiosidade é ter a chance de “fazermos algo” para Deus. Isso nos dá a ilusão de que podemos fazer Deus gostar da gente mais do que Ele já gosta.
O que não entendo é a razão de preferirmos a religiosidade em detrimento da espiritualidade já que a primeira é pautada pela dureza da lei, enquanto que a última é baseada no amor!
“A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” (João 1:17)
Gosto de pensar na graça como Deus nos amando como somos e apesar do que somos.
Já pensou ter que aplacar a ira de Deus como se Ele fosse um deus do Olimpo?
PARA REFLETIR:
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

DEPOIS DAQUELA VIAGEM

Li um livro muitíssimo interessante. Chama-se “DEPOIS DAQUELA VIAGEM”, de Valéria Piassa Polizzi (editora Ática). É o relato do drama da autora desde que ficou sabendo que contraiu o vírus da AIDS durante uma relação sexual feita sem a camisinha. Antes de comentar alguns aspectos desse livro, quero compartilhar algumas idéias a respeito do assunto que me vieram à mente durante a leitura (diga-se de passagem, fácil e gostosa) das aventuras e desventuras da autora.
Há algum tempo atrás um amigo meu, que na época trabalhava em uma firma que é grande fabricante de preservativos, me contou que quando o governo divulga alguma campanha para combater e prevenir a AIDS, as vendas de camisinhas sobem e muito. Se o governo deixa de vincular a tal campanha, as vendas diminuem consideravelmente.
Com certeza você já teve a oportunidade de ver uma dessas propagandas ou na televisão ou mesmo nos jornais, nas quais a ênfase é sempre no uso da camisinha. É, por exemplo, um pai perguntando ao filho antes de o rapaz sair, se ele está levando o preservativo. Note que nada é falado sobre relações sexuais ilícitas e fora do casamento. Tem uma até que alerta as mulheres a terem uma conversa séria sobre o assunto com o próprio marido. Podemos dizer com certeza que as campanhas do governo não são imorais, elas são amorais. Essas propagandas não objetivam ensinar o que é certo e aceitável em termos de relacionamento sexual e muito menos o que é imoral. Elas visam somente orientar as pessoas a não contraírem o vírus da AIDS. Só que tem um detalhe: A camisinha não é 100% garantida! A abstinência sexual para os solteiros e a fidelidade conjugal (para quem é casado) é totalmente garantida na prevenção à AIDS. Note que até a informação amoral do governo não contém toda a verdade! Ela também não é confiável!!
Algumas perguntas: é obrigação do governo ensinar moral para o povo? É obrigação do governo zelar pelos bons costumes?
O povo não votaria em um candidato ao governo se soubesse que o mesmo é imoral (note como nas campanhas eleitorais os candidatos procuram explorar os “podres” dos adversários), mas não acataria a orientação moral de um governo já eleito.
A responsabilidade de ensinar a moral é nossa, isto é, dos cristãos.
Por que? Porque não podemos ficar esperando o governo fazer uma coisa que nós mesmos podemos fazer! As pessoas precisam saber o que sabemos (e que é tão precioso!), se não, ficam como a Valéria do livro que eu li. Para tanto, nós precisamos ter autoridade para falarmos, ensinarmos e sermos respeitados, isto é, precisamos primeiramente vivermos aquilo que pregamos, precisamos provar com a nossa própria vida que os princípios morais contidos na BÍBLIA são válidos e 100% garantidos!
Deixe-me compartilhar uma idéia de um dos capítulos que mais gostei. O capítulo tem como título “Todo mundo devia subir no Empire State Building” e ali há o relato do dia em que ela foi visitar esse que já foi o maior edifício do mundo, com mais de cem andares. Olhando para baixo ela pôde constatar que lá de cima não era possível se enxergar as pessoas que transitavam pela rua. Ao olhar para cima e ver o céu ela questionou se DEUS, “lá de cima”, estaria vendo o que se passa aqui na terra. Indo direto ao “xis” da questão, será que DEUS é sensível ao que acontece de ruim a cada um de nós? A Bíblia diz que sim: “O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga?” Claro que sim!! E além de a Bíblia afirmar isso, eu o tenho experimentado todos os dias, desde que me converti!
O trabalho de Capelania que realizamos lá no hospital, já me proporcionou a oportunidade de acompanhar alguns portadores do HIV até a sua morte. Algumas dessas pessoas me deixaram tranqüilo quanto ao seu destino eterno (foram direto para o céu, pois entenderam a obra de CRISTO por eles e se entregaram aos cuidados divinos), enquanto que outros negaram-se até o último instante a ter um relacionamento pessoal com DEUS. Precisamos trabalhar mais para orientarmos as pessoas espiritual e moralmente antes que elas se contaminem.

terça-feira, 14 de junho de 2011

ETERNIDADE 2

Domingo que passou fiz na Escola Bíblica Dominical, na classe de 11 a 13 anos, a seguinte dinâmica, ou ilustração: “Imaginem que nessa quadra de esportes da Igreja pousasse uma nave que dentro de 5 minutos, levaria para o céu todo cristão que desejasse ir. Isso não impediria que aquele que não quisesse embarcar, mais tarde fosse para lá. Iria de qualquer maneira, seria apenas uma questão de adiantar a partida. Você embarcaria na nave ou deixaria para ir mais tarde para o céu?”.
Todos os alunos que se manifestaram na sala de aula afirmaram que esperariam, que não entrariam na nave. Quando eles falaram isso eu argumentei que ir na tal da nave seria estar com Cristo mais cedo. Assim mesmo eles não mudaram de idéia..
Já pensou estar frente a frente com Deus?! Eu amo essa certeza.
Eu entendo que os mais jovens aina queiram ter a experiência de namorar, entrar na faculdade, noivar, se formar, trabalhar, casar, ter sua casinha, convidar pela primeira vez um casal de amigos para ir jantar em casa (aposto que o prato principal seria “strogonoff”; sempre é), criar os filhos, viajar, e todas as coisas saudáveis da vida. Já aqueles que tiveram a oportunidade de viver tudo isso, seus anseios são mais voltados para além disso tudo.
PARA REFLETIR:
“Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Filipenses 1:21-23)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ETERNIDADE

Uma das histórias mais conhecidas dos Evangelhos é a do fariseu Nicodemos (João 3), autoridade do povo de Israel, o qual foi procurar Jesus à noite.
Nessa reflexão em cima desse texto, quero meditar na tendência que temos de pegarmos os assuntos espirituais, transformá-los em assuntos terrenos, para depois os classificarmos como assuntos religiosos.
Quando Jesus lhe ensinou a necessidade do nascimento espiritual (o “novo nascimento”), Nicodemos seguiu por essa trilha.
Note esses versículos:
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3:4-12)
Vemos as coisas pela perspectiva terrena (que é nosso referencial) e temos problemas para as enxergarmos do ângulo de vista do sobrenatural. Quanto mais caminhamos em direção à maturidade espiritual, mais vislumbramos os fatos da vida à perspectiva da morte. Deixe-me explicar: estou enfermo; e não é coisa à toa como uma gripe. E é lógico que pensamos na possibilidade da morte. Calma. Não vou morrer, estou me tratando direitinho. Porém, quer saber de uma coisa? Essa idéia, a de ir para o céu, me empolgou sobremaneira. Não tenho tendências suicidas. É amor por Jesus mesmo, é querer estar com Ele no paraíso!
PARA REFLETIR:
Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.” (Colossenses 3:1-4)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

UM CAUSO

Seu moço vou lhe contá,
Um causo comigo acontecido.
Causo de verdade. Não é desses de enganá.
Coisa que me deixô, de alma mais inriquecido.

Tem uns pedaço em que a história é triste,
Mas lhe garanto que ela tem um finar feliz.
Por isso, meu amigo, desse causo não disisti,
Tudo acaba bem, pois foi Deus que assim quis.

Eu era bem criança, tarveis com 5 aninho,
Já tinha pegado essa tar de paralisía,
Hoje não, mas por causa dela, eu era bem magrinho.
E atrás de tudo que podia me curar, meu pai e minha mãe, ia.

Certa veis fumo passar férias no interior,
Coisa que sempre acontecia;
Eu gostava de ir lá, o pessoar era um amor.
Ficávamos na casa de uns primo, e de uma tia.

Esses parente, não querendo parpitar,
Pensavam em fazê um favor.
Queriam mesmo é me curar,
Então falaro de um benzedô.

Acho que foi na hora do lanche, tomando café,
Que os parente falaro do tar hóme.
Apesar de pequeno, eu tava cas oreia im pé,
Mas num intendí muito, pois naquela hora, eu tava mesmo é cum fome.

Naquela mesma noite nóis fumo lá,
Afinar, mar num pudia fazê.
Fumos então o hóme procurá,
Mór di ele mi benzê.

O benzedô era peão de uma fazenda,
Lembro da estrada di terra alumiada pelos farór,
A mulher e as filhas com vestidos de renda,
Cê percisa vê, era uma pobreza de dar dó.

Dispois dos cumprimento, fui levado prum quarto ao lado,
Onde na parede tinha um quadro de Jesus.
Como toda casa, por uma lamparina o quarto era alumiado.
Benze daqui, benze dali, e me deram preu beijar uma cruz.

Eu beijei. Mas hoje fico encafifado,
Pois tinha um ponto certinho prá se beijar,
Fico então aqui cismado,
Quantos é qui num beijaram antes aquele lugar?

Vortemo prá casa cheios de esperança,
Queríamos ver o resurtado da benzedura.
A verdade é que num aconteceu nada cumigo, aquela pobre criança,
E isso prus meus pais foi uma realidade dura.

Prá fazê um registro importante, faço uma parada agora.
Meus pais são uns presente maravioso que Deus me deu!
Todos os meus comprexos eles jogaru fora,
Eles me ensinaro a, mesmo sendo paralítico, a eu gostá di eu!

Mas cumo intendê pruque Deus não mi curô?
Pruque Ele deixô isso acontecê?
Prá cabeça de meus pais, foi um horror,
Isso tudo podia me fazê enlouquecê.

Ou Ele pudia fazê mas não tinha querê,
Então péraí, Ele não tem amor!
Ou queria mas não tinha poder,
Então Ele não é Deus, faça-me o favor!

Acredito em dois ditados bem popular:
Um diz que Deus escreve certo por linhas torta,
O outro cê deve se alembrar,
Deus sempre abre uma janela, mesmo que tenha fechado a porta.

Mas será que essas idéias também tão escritas nas Escrituras Sagradas?
Será que em Deus nóis podemo confiar?
Se tiver, vou seguir por esse estrada,
Toda minha vida prá Jesus vou entregá.

Tem na Bíblia um bunito verso,
Que diz que tudo que nos acontece é pro nosso bem.
Nosso qui eu digo, não é pro perverso,
É prus qui são convertido, e amam a Deus também.

Deus quis que eu seja diferente,
Isso me torna especiar.
Não posso andar como toda a gente,
Mas acredite, isso é motivo preu me alegrá.

Me alegro pruquê a Ele posso serví,
Me alegro pruquê d’Ele posso falá.
Me alegro pruquê Ele me faz sorrí,
Me alegro pruquê com Ele, prá sempre no céu eu vou andá.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DENTES À MOSTRA

A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita”. (Mahatma Gandhi)
Eu vi, não foi alguém que me contou. O dirigente do Coral de uma determinada Igreja, durante o culto, primeiro, com um gesto, fez os cantores ficarem em pé; com outro sinal, fez com que abrissem as partituras, e com um último gesto, fez com que todos do coro ... sorrissem!
Afinal, todos os cristãos, sempre, estão felizes. Será?
Jesus chorou.” (João 11:35)
Acredito que esse negócio de o crente estar sempre sorrindo é um paradigma criado por nós mesmos. Achamos que temos que anunciar o evangelho como uma eterna fonte de alegria. Só que isso chega a ser “propaganda enganosa”, pois a vida real nem sempre segue tal padrão. Temos tristezas. Cada dia traz, em seu bojo, o seu mal.
Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:34)
Como cristãos, temos motivos de sobra para sermos felizes, mas temos nossas tristezas que não devem ser desprezadas.
Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria”. (Khalil Gibran)
Acho que pode ser hipócrita o sorrir só quando estamos sendo filmados. Você concorda?
PARA REFLETIR:
Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.” (Salmos 126:5)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

FOBIA

Você acredita ser válido uma pessoa querer ir para o céu para, exclusivamente, escapar do fogo do inferno? Ou você pensa como eu, que nossa motivação principal é o amor de Deus por nós e nosso amor por Ele?
Conheço alguns pais que se sentem orgulhosos quando percebem que sua mulher e seus filhos teem medo deles, dos próprios pais.
Estou escrevendo isso porque passei o último fim de semana meditando no trecho seguinte:
No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 João 4:18)
Acredito que o inverso verdadeiro disso é: “No amor existe respeito; o respeito produz paz; logo, o que respeita o outro é aperfeiçoado no amor”.
Ainda outro dia a Denise me perguntou como fazer para convenser os pré-adolescentes (juniores) da nossa Igreja, que estão estudando o Apocalipse, de que todas as tragédias descritas ali e que hão de vir para os rebeldes, não devem ser a motivação maior para querermos ir para o céu. Respondi que eles precisam saber, primeiro, do infinito amor que Deus tem por nós, e posteriormente, amá-Lo acima de tudo. (Ela observou então que, ao envelhecer, fiquei mais amoroso. Que bom!).
Observe:
“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)
“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Quem e como você ama?
Quem e como ama você?
Você tem medo de alguém? Você teme alguém?
Note que ter temor (cuja definição é “confiar reverentemente”) é diferente de ter medo.
PARA REFLETIR:
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.” (Mateus 10:37-38)

terça-feira, 7 de junho de 2011

UM HOMEM EM CIMA DA MARQUISE

Imagine uma dessas ruas de comércio extremamente movimentadas. Como a "25 de março" lá em São Paulo. Você já deve ter visto, é muita gente.
Pois bem, agora imagine que ali naquela calçada, no meio da multidão, haja um homem querendo falar alguma coisa para as pessoas que por ali passam. Ele gesticula, fala alto, tenta pedir para um ou outro parar, grita, e nada, todos apressados seguem seu caminho sem prestar atenção naquele sujeito.
Mas ele não desiste. Ao ver uma marquise que serve de cobertura para uma loja, pensa que falando lá de cima as pessoas lhe darão atenção. Sobe lá (não me pergunte como) e tenta dar sua mensagem. Nada novamente, só uma ou outra pessoa deu uma rápida olhada para cima e continuou seu caminho.
Desanimado, ele sentou em uma pilha de tijolos que estavam ali e pensou: "Se eu jogar essas moedas que tenho no bolso, eles vão querer me ouvir". Dito e feito, só que ninguém olhou para cima da marquise, todos ficaram olhando para o chão querendo mais moedas.
Frustrado, aquele homem ia se sentar quando teve outra idéia: "Vou dar umas tijoladas neles". E assim fez.
Todos se voltaram para ele!
Parece Deus querendo falar conosco, não parece?!
Estamos, muitas vezes, apressados demais para ouvir o que Deus tem para nos dizer.
Quando Ele nos manda bençãos, só olhamos para as mesmas ou "para baixo", querendo mais.
Só vamos nos voltar para Ele quando nos manda aflições.
Medite sobre o seguinte versículo:
“Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” (Jó 2:10)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

EVANGELIZAÇÃO NÃO VERBAL

Nós tínhamos na nossa equipe de visitadores do HC-UNICAMP uma jovem senhora que optou por trabalhar no que era o Pronto Socorro. Setor atípico do hospital, devido ao ambiente difícil, às situações impressionantes, à grande movimentação de pessoas, macas, cadeiras de rodas, muita dor, sofrimento e mortes, mas assim mesmo era ali que ela queria desenvolver seu trabalho para Deus. E se deu muito bem, até que teve que mudar de cidade.
Quando ela começou esse serviço, construímos toda uma boa estratégia de abordagem rápida dos pacientes (um questionário, uma caneta e uma prancheta) e providenciamos literatura cristã para distribuir.
Certo dia fui até lá ver como ela estava se saindo e notei que ela estava meio decepcionada. Perguntei o que estava acontecendo e aquela voluntária confessou que se sentia oprimida, pouco à vontade, por ter que expor o “plano de salvação” a todo paciente ali no PS. Na hora eu lhe expliquei que não havia, e nem deveria haver, essa imposição. “E o que é que eu tenho que fazer?” foi a sua dúvida. Minha resposta foi curta: “AMAR”. É assim que evangelizo.
Quando eu disse isso, ela me contou que eu tirei um enorme peso de seus ombros! Segundo essa senhora, tudo era muito artificial, impessoal. Depois disso seu trabalho ali deslanchou.
PARA REFLETIR:
Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)

domingo, 5 de junho de 2011

A COBRA SÓ FICOU OLHANDO

Tudo começou com um fiapo minúsculo de pensamento. Se ele tivesse banido essa idéia da sua mente, não teria morrido. Não havia ninguém em casa. Esse pedacinho de pensamento consistiu em imaginar o prato de rabanetes saturnianos. Ele sabia que era proibido comer dessa iguaria de manhã, mas se tinha uma coisa que o fazia salivar de tanto que gostava, eram aquelas bolotas pequenas, verdes por fora e brancas por dentro.
Continuou fazendo o que estava fazendo e com isso se distraiu, mas não demorou muito e lá estava ele pensando nos “rabassatus” como eram chamados os rabanetes saturnianos. Só que dessa vez ele os imaginou já com o molho à base de manteiga e sal, que era a sua paixão gastronômica. Dessa vez não foi só um fiapo de idéia, mas um pensamento mais elaborado. Tentou continuar o que estava fazendo, mas o pensamento o atraia mais e mais.
Foi até a geladeira só para ver se tinha rabassatus, só para ver, imagine que ele iria comer uma coisa proibida! E se podia comer à noite por que teria que esperar até lá? Mas ele só ia ver se tinha. Quando abriu a geladeira, lá no fundo, atrás das frutas, havia um prato cheio de rabanetes saturnianos! E com molho de manteiga e sal!! Sem perceber (ou será que percebeu?) ele puxou o prato para a frente e empurrou as frutas para o fundo.
Fechou a porta da geladeira e começou a pôr os talheres, guardanapo, tudo na mesa, racionalizando que deixaria as coisa já adiantadas para o jantar.
Mas não deu 10 minutos e lá estava ele comendo os rabassatus, e ainda se lambuzando com o molho.
Quando acabou, ou melhor, quando parou de comer, pois não teve vontade de comer tudo, sentiu uma frustração inesperada. Embora a comida estivesse perfeita, sua expectativa tinha sido maior. E ainda havia aquela incômoda sensação de culpa.
Quando tirou o prato e os talheres para lavá-los na pia, viu que teria que limpar também a mesa. Depois de deixar tudo arrumado ele foi para a sala. Só que ele não viu que ficou uma mancha de molho no chão.
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos enganeis, meus amados irmãos.” (Tiago 1:13-16)
Agora pensa e responda: qual é seu prato predileto?

sábado, 4 de junho de 2011

ADORADO MONSTRO

Talvez você não acredite, mas no sótão lá de casa tem um monstro. Como todo monstro ele é horrível, mas eu gosto de brincar com ele. Esse incrível morador do meu sótão é daqueles monstros que de tão feios acabam sendo bonitinhos. É agradável estar lá em cima, gostoso mesmo.
No começo eu brincava só um pouquinho e estava bom, depois eu ia querendo sempre mais, e mais. No fim eu acabo gastando tempo demais ali; deixo de fazer um monte de coisas importantes só para brincar com ele. Depois só fica aquele como se fosse um gosto amargo na boca.
E para subir é tão fácil! Basta subir a escadinha. O primeiro degrau é lembrar que “todo mundo faz, por que eu não posso?”; o segundo é só pensar que “eu mereço”; o terceiro degrau é afirmar com convicção que “essa vai ser a última vez”, e assim por diante.
Já cansaram de me falar que um dia esse monstro vai me matar, e eu acredito nisso, mas eu gosto tanto de brincar com ele que tenho pena de matá-lo.
Você pode estar se perguntando quem é que alimenta o monstrengo. Pode parecer incrível mas ... sou eu mesmo. É isso mesmo, tenho que reconhecer, quem dá comida para ele, regularmente, sou eu.
Quando me falavam que eu estava viciado nisso eu negava, enganando só a mim mesmo. Eu afirmava que poderia parar a hora que quisesse. Doce ilusão!
Diversas vezes decidi que não subiria mais lá. Cheguei a contar quanto tempo fiquei sem subir. Se não me engano meu recorde foi 2 meses, 3 dias e 14 horas. Agora imagina a frustração quando não aguentei mais e brinquei com ele.
Hoje eu não conto para ninguém que vou lá. Tenho vergonha e medo. Já tentei, mas os que ficaram sabendo me trucidaram. Acabaram comigo com acusações, broncas, sermões e desprezo. Nenhum deles confessou que tem lá seu adorado monstrinho, ou no sótão ou no porão de sua casa. O pior é que eu sei que todos possuem um, maior ou menor do que o meu. Se pelo menos um deles tivesse compartilhado essa falha mais íntima comigo, eu não me sentiria tão só, e assim não precisaria me esconder no sótão e brincar com meu adorado monstro.
Você tem sótão na sua casa? E porão?
E um ... nem preciso perguntar, pois eu sei que tem.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

JÁ PENSOU DESCOBRIR QUE ARAMOS O CAMPO ERRADO?

Durante muitos anos eu trabalhei em uma pequena organização missionária chamada NOVIDADE (Nossas Vidas Damos a Deus). Uma das maiores preocupações que tínhamos era manter a instituição funcionando. Isso consumia grande parte de nossos pensamentos, de nosso trabalho e energia. Logicamente essas preocupações “roubavam” o tempo que poderia ser investido em relacionamento com as pessoas. Essa situação chegou a tal ponto que a instituição virou um fim em si mesma! Trabalhávamos em função dela, e por isso (somado a outros pontos) resolvemos fechá-la.
É o que dá quando perdemos de vista que somos um corpo, e não uma organização.
Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.” (1 Coríntios 12:27)
Quando nos preocupamos com o número de pessoas que foram à reunião da Igreja, pode ser um sintoma de que temos um pensamento organizacional da mesma. Por outro lado, se atentamos às pessoas que ali estavam, seja lá quantas foram, isso pode revelar que já nos conscientizamos que somos corpo.
Não descarto nem menosprezo todo o trabalho organizacional e administrativo das instituições cristãs. Dou graças a Deus por Ele separar pessoas muito competentes para fazer esses serviços. Mas essas providências precisam ser realizadas de uma forma amorosa e humana.
Trabalhar para a manutenção eclesiástica em detrimento do servir em amor cristão, é farisaísmo.
PARA REFLETIR:
Ele (Jesus) é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia.” (Colossenses 1:18)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MASCARADOS

Li ainda em um desses dias dessa semana, uma reflexão de um autor do qual eu gosto muito, mas essa especificamente exige umas ressalvas. Esse autor (por gostar dele não vou revelar quem é) faz algumas observações sobre o seguinte trecho do Evangelho, onde o próprio Senhor Jesus afirma:
Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” (Marcos 10:15)
Aquele autor cogita que uma criança recebe o reino de Deus sem máscaras, sem querer parecer o que não é para ser aceito. E alega que uma criança é incapaz de fazer isso. Será? Já vi muitas crianças tentando conquistar o amor dos pais através de um comportamento supostamente desejado pelos progenitores. Certa vez foi em casa um jovem, já casado, que admitiu ter passado a vida inteira fazendo de tudo para obter a aprovação do pai, e assim ser amado.
Receber o reino de Deus como uma criança não é com inocência nem com bondade, mas sim com confiança e cônscio de sua imutável condição de filho.
Eu queria ser como o meu pai, tanto que o imitava (e até hoje ainda o faço) nas suas qualidades, mas nunca fingi ser o que não era para ser amado por ele. E é assim que deve ser nosso relacionamento com Deus.
Deus nos ama do jeito que somos e apesar do que somos; isso é graça. Podemos fazer com que Ele tenha mais prazer em nós, mas fazer que Deus Pai nos ame mais do que ama, é impossível, pois já temos todo o Seu amor!
PARA REFLETIR:
Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.” (Marcos 10:13-14)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SEM GRAÇA

Era verão. Tinha acabado de cair um daqueles temporais típicos da época; o sol já reaparecera, mas havia uma ou outra poça de água pelas calçadas.
Junto comigo havia inúmeras pessoas ali na frente do hospital onde trabalho.
Do meu lado esquerdo, tropegamente, vinha um homem na minha direção. Vendo-o cambaleando, cheguei a pensar sobre onde aquele homem teria arranjado bebida, já que no campus da universidade no qual está localizado o hospital é proibida a venda de cerveja, pinga ou coisas assim.
De repente ele cai de quatro bem numa das poças.
A reação de todos nós ali foi, com um leve sorriso nos lábios, nos afastarmos!
Naquela posição, na água, ele olha para mim (Por que para mim? Não sei.) e diz:
- Moço, eu acabei de doar sangue e não estou passando bem.
Todos corremos para socorrê-lo.
Comentando esse episódio com uma senhora que tem 3 casos de alcoólatras na família, ela me perguntou qual é a razão que leva as pessoas a se afastarem dos bêbados. E afirmou:
- Quanto mais eles forem desprezados, mais vão beber.
Pode ser!
Será que nos afastamos porque "só eles pecam, e nós não"? Nessa altura você poderia até me dizer que o pecado deles é recorrente. Mas vamos ser honestos: eu tenho os meus pecados que se repetem, e você também tem os seus.
Recentemente preguei em uma Igreja de uma das cidades aqui perto de Campinas. Falei sobre a pecadora que ungiu os pés de Jesus na casa do fariseu Simão.
Comecei interagindo com eles, supondo que todas as vezes que pecássemos nascesse uma verruga cor de abóbora no rosto. No rosto pois, se fosse em outra parte do corpo, poderia ser encoberta e assim ficar escondida.
Ao serem questionados se, ao se arrumarem para irem à Igreja, ao se olhar no espelho um pouquinho antes de sair, percebessem uma dessas verrugas na testa, iriam assim mesmo ao culto, pouquíssimos levantaram a mão!
Por vergonha de revelar aos irmãos que são pecadores, foi a explicação dada por aqueles que admitiram que ficariam em casa.
Reflita sobre esse versículo:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28 RA) Cansado, nesse versículo, significa ato de bater no peito com aflição, tristeza; e sobrecarregado é uma metáfora que representa ser oprimido por alguém com uma carga (de ritos e preceitos sem sentido).
Graça é a maneira como Deus nos olha apesar de sermos o que e como somos.
Temos sido graciosos para com os outros?