É que se vivermos a religiosidade, podemos nos comparar uns aos outros e, assim, demonstrar que “temos valor”. Olha o que o apóstolo Paulo escreveu sobre isso:
“Não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez.” (2 Coríntios 10:12)
Outra razão para preferirmos a religiosidade é ter a chance de “fazermos algo” para Deus. Isso nos dá a ilusão de que podemos fazer Deus gostar da gente mais do que Ele já gosta.
O que não entendo é a razão de preferirmos a religiosidade em detrimento da espiritualidade já que a primeira é pautada pela dureza da lei, enquanto que a última é baseada no amor!
“A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” (João 1:17)
Gosto de pensar na graça como Deus nos amando como somos e apesar do que somos.
Já pensou ter que aplacar a ira de Deus como se Ele fosse um deus do Olimpo?
PARA REFLETIR:
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)
Caro Xyko,
ResponderExcluirÓtima reflexão. Outro dia a Célia da Capelania me enviou um vídeo de um programa americano de TV onde dois ateus assumidos discutem com um "cristão" pelo telefone. Eu acredito que os cristãos estavam muito mal representados pois ele ficou gaguejando quando os ateus lhe perguntaram por que ele era cristão (devemos estar sempre prontos para explicar as "razões" de nossa fé").
Mas não é por isso que me lembrei do vídeo. Um dos ateus deu um longo testemunho dizendo que por vinte e cinco anos de sua vida ele foi cristão, mas quando começou a ter problemas de fé, aqueles com os quais convivia pararam de conversar e se relacionar com ele. Até seu sócio desfez a sociedade com ele dizendo que ele agora "era do diabo"... passou a ser duramente discriminado e isso acabou por convencê-lo que realmente não valia mais a pena ser cristão, pior, tornou-se ateu militante, combatendo ferozmente todas as formas de "cristianismo".
Ora, eu sou obrigado a concordar com esse ateu, pois esse cristianismo que discrimina, que julga, que condena... esse cristianismo é falso, não é o cristianismo mostrado pelo próprio Jesus. Ele ensinou exatamente o contrário...
A religiosidade tem que vir de dentro, de um encontro sincero e profundo com Jesus e sua proposta amorosa em nosso coração, em nossa essência (= espiritualidade).
Leonardo Boff cita o Dalai Lama tibetano dizendo que os conceitos de religiosidade (lei, instituição) e espiritualidade (Espírito, sentido de vida) podem ser distinguidos mas nunca separados, pois religiosidade sem espiritualidade é igual à guerra...
Foi isso que eu vi no vídeo, infelizmente.
Paz DE CRISTO,