domingo, 26 de julho de 2009

PENSE NISSO 76


Na natureza, para que haja vida é necessário que haja morte. No campo espitual também.

2 comentários:

  1. Concordo plenamente, caro Xyko,

    Gosto de pensar também que a Vida é muito mais que o contrário de morte... o contrário de morte é nascimento, e a nossa vida individual (com v minúsculo) é o período entre os dois... é o pequeno traço que separa o ano do nosso nascimento do ano da nossa morte, que irá no nosso túmulo (Fulano: 1960-ano da morte). A cada um de nós é dada a responsabilidade de cuidar muito bem desse pequeno "traço"...
    Mas Vida (com V maiúsculo) é muito mais que um traço. A ela pertencem todas as vidas: as incubadas nos minerais (que estão dentro de nós), a dos vegetais, dos animais e a dos seres humanos (dotados de consciência, a auto-consciência de toda a Vida do Universo...).
    Nesse sentido a vida e a morte pertencem à Vida, e Vida é o processo criativa absoluto, é o próprio Deus... creio que isso está simbolizado no relato inicial do Gênesis.
    A vida e a morte são como pingos d'água... mas o oceano é Deus... Aquele que é!
    Estive em férias visitando Manaus e a floresta amazônica... e frente aquela exuberância de vida e Vida não há palavras... só resta mesmo o mais respeitoso e contemplativo silêncio...

    Paz e Vida...

    ResponderExcluir
  2. Oi, Xyko!

    Essa necessidade de "morrer", que Jesus descreve muito bem*, eu entendo que se dê através de um processo gradual de esvaziamento de si. Certa vez, estava conversando com uma amiga da faculdade sobre isso e ela, com toda razão, não entendeu nada do que eu quis dizer com “esvaziar-se de si”. Foi então que pensei na metáfora do galão de água:

    Um galão de água representa um ser humano; o ar que está dentro dele são os seus próprios desejos e opiniões e, a água, o Espírito Santo (Deus).

    Conforme nos aproximamos do Senhor (oração, leitura da Bíblia e serviço na igreja), entendemos as conseqüências ruins de agirmos de modo egoísta, segundo os nossos próprios desejos. Aos poucos, abrimos mão de saciarmos nossos desejos para fazer aquilo que sabemos ser agradável ao Senhor; coisas que, em último caso, fazem de nós mesmos os maiores beneficiados a longo prazo, enquanto indivíduos e enquanto sociedade!

    No entanto, nós não conseguimos isso por conta própria: é fruto da ação de Deus nas nossas vidas. E ele age conforme damos espaço. O ar deixa o galão conforme este se enche de água. Quanto mais água, menos ar. Do mesmo modo, o Espírito Santo age em um ser humano conforme este esvazia-se dos seus próprios desejos e opiniões. Assim, quanto mais “eu”, menos Deus. Quanto menos “eu”, mais Deus.

    Se a função do galão é conter a água para facilitar o acesso das pessoas à mesma, temos que, quanto mais abrimos mão de felicidade e interesses próprios, mais o Espírito Santo age através de nós e, logo, melhor cumprimos nossa função de fazer a vontade de Deus, de amar as pessoas, de levar Cristo (a água da vida) às pessoas.

    O Senhor não age nas nossas vidas contrariamente ao nosso livre arbítrio, mas proporcionalmente ao espaço que deixamos vazio de nós mesmos. E a ação do Senhor é caracterizada pelos frutos do Espírito**; portanto, a proporção em que manifestamos os frutos do Espírito é uma questão de escolha!

    Lembrando, é claro, que, na Sua infinita misericórdia, o Senhor age nas nossas vidas apesar de sermos pessoas tão falhas. E isso não tem nada de contraditório com a afirmação feita no parágrafo anterior: a ação de Deus nas nossas vidas é fruto de Sua misericórdia, mediante a nossa escolha.


    *João 12.24,25 "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna."

    **Gálatas 5.22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

    ResponderExcluir