sexta-feira, 10 de julho de 2009

UM CANTO PARA EU FICAR A SÓS COM DEUS


“E, despedidas as multidões, (Jesus) subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.” (Mateus 14:23)
A paciente é uma senhora de uns 45 anos, evangélica. Seu nome é Celina. É evangélica e leva Deus muito a sério. Num determinado dia ela pediu que eu a acompanhasse, e me levou até o canto de um pátio do HC-UNICAMP onde há um banco. Quando chegamos lá, ela sentou-se e me falou: “Aqui, ao amanhecer e ao anoitecer não tem movimento algum. Então eu venho aqui e me encontro com Deus. É meu Lugar Sagrado”.
Uma amiga minha, a Natália, que mora no Guarujá, diz que tem uma determinada pedra em uma determinada praia que é o seu lugar para falar com Deus. Veja a foto acima.
Li certa vez que Billy Graham tem no fundo de sua casa um bosque onde ele costuma ir para orar.
Eu tenho um canto no condomínio onde moro, a Capela do hospital e uma sala na minha Igreja que me proporcionam o isolamento e o silêncio que preciso para me encontrar com o meu Senhor.
Sempre procuro incentivar as pessoas a fazerem um projeto e realizá-lo no sentido de ter, cada um, o seu “Cantinho Sagrado”. Mas por que?
Antes de mais nada, quero deixar claro que os lugares em si não são sagrados. O que os torna sagrados é a presença de Deus e o uso que se lhe dá. Com isso, tal espaço se torna para nós uma referência. Pense comigo a partir do trecho a seguir:
“Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.” (1 Reis 19:1-8)
Por que será que Elias, ao temer por sua vida (como se algum risco corresse!) correu para o Monte Horebe (ou Monte Sinai)? Aquele lugar era para todos uma referência, pois foi lá que Deus deu as tábuas da lei a Moisés. Havia história naquele lugar.
Escolha um lugar gostoso e viva ali momentos marcantes da sua história com Deus.

5 comentários:

  1. A única guerra que vale a pena é aquela que travamos dentro de nós mesmos, somente ela vai nos trazer a verdadeira PAZ... e ela é travada no mesmo lugar onde nos encontramos com Deus, dentro do nosso coração (exemplos de Jacó e Elias). Se ela não acontecer, não importa o que aconteça em nossa volta, nunca estaremos em Paz de verdade...
    Essa tem que ser a nova cultura para o terceiro milênio, senão a humanidade corre o risco de extinção da face da terra!

    Paz,

    Venâncio

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  2. Oi, Xyco!

    Tudo bem?

    Sou a Viviane, já postei um comentário aqui uma vez.

    Hoje, eu vou orar por você e sua família.
    Gosto de vir aqui no seu blog, sempre aprendo um pouco mais... E sou grata à Deus por existir pessoas assim com você.

    Eu também quero ter meu cantinho com Deus! (risos).


    Boa noite.

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  3. Obrigado por suas orações, Viviane.
    Sempre é ótimo tê-la aqui no Blog.
    Um abraço, Xyko.

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  4. Oi, Xyko!

    Isso, que você agora escreveu nesse texto, eu tive o privilégio de aprender de você numa aula da Escola Dominical, há um tempo!

    Lembro-me que você falou de como podemos tornar mais proveitoso nosso momento a sós com o Senhor: devemos procurar um lugar silencioso, que favoreça uma melhor concentração (calar as vozes exteriores) e fazer algo no sentido de não ficarmos preocupados com os compromissos, por exemplo, ao anotá-los todos em algum papel (calar as vozes interiores).

    A partir de então, tenho buscado isso e concordo que, em meio ao silêncio absoluto, é mais fácil analisar a nossa vida do ponto de vista de Deus e, assim, pensar em como podemos fazer da nossa vida uma grande homenagem a Ele, tornando-nos mais parecidos com Ele, desejo que aumenta na medida em que que nos aproximamos de d'Ele!

    E é aí que, como disse o Venâncio, começa a nossa guerra interior, cujos destroços tem que ser todas as nossas vontades egoístas, que nos afastam de Deus (como podemos ver também no seu texto e comentários do “Em caso de incêndio”)!

    Convenhamos que não é fácil abrir mão das coisas que desejamos! Quem nos capacita a fazer isso é o próprio Deus, por meio de uma gotinha d'Ele que passa a habitar em nós quando cremos, o Espírito Santo.

    Se sabemos que Deus é amor, temos que, na medida em que nos aproximamos de Deus, Ele nos capacita a amá-lo acima de tudo e ao próximo como Ele amou!

    Com certeza, o Senhor nos ensina através de muitas coisas: situações difíceis, mensagens nos cultos, conselhos de outras pessoas. Mas é ali, orando, lendo e refletindo em meio ao silêncio absoluto, no cantinho que elegemos pra ficar a sós com Deus, que têm início as maiores transformações da nossa vida!

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  5. Belíssima reflexão da Pri Coghi.
    Isso me lembra a história da arca de Noé. Na arca estavam presentes o homem, a mulher e toda a criação, animais e vegetais (até o betume usado na arca pode ser visto como o representante fóssil de toda a evolução da vida na terra...). Tudo foi salvo. Fomos salvos por inteiro, inclusive a nossa animalidade...
    Através do dilúvio (natureza) Deus quis demonstrar que não suporta o mal, e está bem claro que o mal é criado pelo homem...
    O desafio é extirpar o mal, mas mantermo-nos inteiros... separar o joio sem sacrificar o trigo.
    Pureza, muito mais que castidade, é não ter mistura, não ter segundas intenções...
    Essa é a grande guerra travada todos os dias em nosso coração...

    Paz,

    Venâncio

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