quinta-feira, 9 de setembro de 2010

APRENDEI DE MIM

Texto de Reinaldo Bui
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. (Mateus 11:28-30)
Muitas vezes somos escravos das nossas emoções porque não conseguimos controlar nossos pensamentos. Isto se dá quando somos hipersensíveis às opiniões dos outros.
O resultado desta “hipersensibilidade” é um negativismo exagerado, insatisfação com tudo e com todos e uma dificuldade enorme de contemplar os acontecimentos mais simples e belos da vida ou mesmo de compreender e elogiar as pessoas.
Esperamos que todos ajam positivamente à nossa volta, mas dificilmente o fazemos. Isto faz com que não consigamos extrair os prazeres dos pequenos detalhes da vida.
Jesus não tinha nenhum destes problemas. Não era negativista e nem insatisfeito, pelo contrário, era uma pessoa contagiante. Nunca se deixava abater pelos erros das pessoas nem pelas situações difíceis.
As sementes que havia plantado no coração dos seus discípulos ainda não haviam brotado, mas mesmo assim ele pedia com uma esperança surpreendente: "Erguei os olhos, pois os campos já branquejam".
Quando disse tais palavras, o ambiente que o rodeava era de desolação e tristeza. Ele possuía muitos opositores: gente que queria matá-lo.
Sabia que seus discípulos o abandonariam no momento mais difícil. Sabia que sofreria muito ao passar pela cruz.
Sabia que em breve estaria experimentando a morte física e, o que é pior, a separação do Pai.
Mesmo assim, n'Ele não havia sombra de desânimo.
Talvez a posição geográfica que eles se encontravam só permitia aos discípulos enxergarem pedra e areia. Certamente eles não enxergavam aquilo que Jesus via: Homens e mulheres dispostos a deixarem um coração amargurado e endurecido por um coração disposto a louvar ao Senhor em todo o tempo de sua vida.
Seus discípulos não enxergavam nada disto. Nem num presente próximo e nem futuro. Mas em Cristo não havia qualquer sombra de desânimo. Se estivéssemos no seu lugar, excluiríamos a todos aqueles que nos machucariam por qualquer motivo: traição, rejeição, abandono... Entretanto, sua motivação para continuar vinha do desejo de transformar estes homens rudes e áridos num campo fértil, onde o amor do Pai frutificaria.
Ao contrário dele, ao primeiro sinal das dificuldades, desistimos de nossas metas, projetos e sonhos.
Precisamos aprender com ele. Carregamos um jugo pesado demais para nossas costas. Precisamos aprender a erguer os olhos e olhar por trás das dificuldades, das dores, das derrotas, das perdas e compreender que os invernos mais rigorosos podem trazer as primaveras mais belas.

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