Nós temos um canário belga em uma gaiola lá em casa. Canta que é uma beleza! Quando o ganhamos da Dona Vanda, amiga nossa, eu perguntei para a Letícia (minha “neta agregada”) qual seria o nome do passarinho. Sua resposta me surpreendeu: “Ele vai se chamar 'Passarinho, que som é esse?'”. Essa frase é o começo de uma música de um quadro de um programa infantil onde duas passarinhas perguntam a um passarinho sobre os diversos instrumentos musicais. Por ser poético e criativo ficou esse nome mesmo, e assim nosso canário se chama “Passarinho, que som é esse?”, mas todos o chamam pelo apelido: QUISOM.
Devemos ter pássaros presos em gaiolas? Tenho medo de soltar o Quisom e ele morrer por não saber se virar (acho que nasceu em cativeiro). Bem, tem o instinto, né? Sei lá.
O Timão, grande amigo que, como diria o Rolando Boldrin, “viajou fora do combinado”, ele acreditava que os animais dominados pelo homem, sejam domados ou domesticados, são mais “felizes” do que os que vivem soltos na natureza. Seu argumento é que os bichos foram criados para serem dominados pelo homem:
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1:27-28)
Sinceramente, não sei. Eu vi no zoológico de São Paulo, acho que era uma jaguatirica, andando de um lado até o outro da jaula, encostando-se à parede que já estava manchada de tanto que ela se esfregava, e isso era o dia inteiro!
De uma coisa eu tenho certeza: devemos cuidar bem dos animais:
“Os bons cuidam bem dos seus animais, porém o coração dos maus é cruel.” (Provérbios 12:10 NTLH)
Quanto a mim, sou um pouco como Giovanni di Pietro di Bernardone, ou melhor, São Francisco de Assis, que tinha em alta consideração a natureza como criação de Deus (lembra do filme “Irmão Sol, irmã Lua”?). Só mato os bichos em última instância.
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