quarta-feira, 4 de março de 2009

ADRIANO E HENRIQUE VIII


Fiz uma viagem a Roma. A Roma antiga. Li o excelente livro de Marguerite Yourcenar, chamado "Memórias de Adriano". Trata-se de uma abordagem romanceada da vida do Imperador Romano sucessor de Trajano. Me deu o que pensar.
Por exemplo: era comum (será que hoje ainda é?) aquelas pessoas que gravitavam em torno do Imperador estarem atentas às mínimas dicas das coisas que agradavam a Adriano para correr e tentar satisfaze-lo. Se ele mostrasse interesse pela mulher de alguém, esse alguém fazia de tudo para que a sua mulher tivesse um caso com o Imperador. Ao ver isso, os outros homens corriam a oferecer as suas próprias mulheres! Ou filhas!!! Ou filhos!!!!! Só dependendo do gosto e da vontade do Imperador.
Vi também o filme “A OUTRA” (The Other Boleyn Girl; Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana; Direção: Justin Chadwick). Conta a história, ocorrida no século XVI, em que as irmãs Ana e Maria Bolena são oferecidas pelos parentes (e se oferecem) ao rei da Inglaterra, Henrique VIII.
O imperador e o rei podiam fazer o que quisessem, seja lá o que for. Não havia limites. Por exemplo, o livro de Yourcenar retrata a relação homossexual que Adriano teve com um garoto chamado Antinoo, relação que durou um bom tempo, só terminando quando o rapaz cometeu o suicídio.
Aí eu pensei: quando não se tem limites cometesse mais pecados. Mas, será que é assim mesmo? Muitos dos pecados que gostaríamos de cometer só não são realizados devido aos limites. Limites impostos pela sociedade, pelas outras pessoas, pelas dificuldades físicas, financeiras e às vezes até pela nossa própria covardia! Com isso não pecamos.
Mas é aí que nos enganamos. Olha o que o Senhor Jesus fala: "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela". O que isso significa é que se um homem olhar uma mulher bonita, e imaginar, por exemplo, que se os dois estivessem sozinhos em uma ilha e a mulher quisesse ter um caso com esse cara, que é casado, até serem resgatados da tal ilha, e ele chegar à conclusão que o faria, então esse pecado ele já teria cometido, independente de ter ou não essa oportunidade. Para Deus ele já seria um adúltero.
Esse princípio serve para tudo: roubar um banco, matar alguém, e por aí afora. Só não é configurado o pecado se a pessoa fugir do mesmo como José fugiu da mulher de Potifar. Ele teve a oportunidade e não o fez, por fidelidade a Deus e aos outros.
"Como imagina em sua alma, assim ele é" (Pv 23:7).

3 comentários:

  1. Mesmo estando na praia Xyko, sempre que é possível eu leio o teu blog, o qual me faz muito bem a cada menssagem!! Obrigado! =]

    Abraços..

    ResponderExcluir
  2. Toma uma água de coco por mim.
    Um abraço, Xyko.

    ResponderExcluir
  3. Putz, pode ser um suco de laranja bem gelado?? Não sou muito chegado em água de côco!! =/

    ResponderExcluir