quinta-feira, 26 de março de 2009

PODE HAVER UM ESCRAVO LIVRE?


A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel extinguindo a escravidão no Brasil. Vamos imaginar duas situações distintas. Na primeira, ao saber da Lei, um determinado fazendeiro chega para seus escravos e os manda embora das suas terras. Aqueles escravos acabam virando mendigos por não terem como se sustentar. Note: isso aconteceu muito.
A segunda situação não sei se aconteceu. Outro fazendeiro, ao saber da Lei, chega para os escravos e pergunta-lhes se querem ir embora ou não. Mesmo aqueles que continuarem ali são livres, pois puderam escolher.
Já os da primeira situação não.
Veja que Deus previu essas situações:
“São estes os estatutos que lhes proporás: Se comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; mas, ao sétimo, sairá forro, de graça. Se entrou solteiro, sozinho sairá; se era homem casado, com ele sairá sua mulher. Se o seu senhor lhe der mulher, e ela der à luz filhos e filhas, a mulher e seus filhos serão do seu senhor, e ele sairá sozinho. Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro. Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.” (Êxodo 21:1-6)
Veja, nos versículos abaixo, a implicação espiritual para esses conceitos:
“E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.” (Romanos 6:15-19)
A idéia aqui é mais ou menos essa: cada um tem que escolher a qual exército vai servir, o do bem ou o do mal.
Como cristão e, talvez por ser pastor com muita experiência nisso, me aflijo ao ver as pessoas escolherem o mal. São muitos que fazem isso. Deus lhe dá liberdade de escolha, e nós também devemos fazê-lo.

3 comentários:

  1. Caríssimo Chico, Paz e Bem...

    Concordo com você que Deus dá a liberdade para o ser humano e respeita até o fim nossas decisões. O conceito de justiça seria seguir e estar de acordo com as leis. Partindo desse pressuposto, acredito que Deus é muito mais que justo, Ele é misericordioso, ou seja, Ele sempre perdoa... A misericórdia implica em mais que justiça, implica em perdão apesar do erro. Ainda bem, porque se Deus fosse justo, aplicasse a lei como achamos que Ele deveria estaríamos todos perdidos... O único pecado não perdoado é o pecado contra o Espírito Santo, ou seja, não querer ser perdoado, não aceitar a graça. Mais uma vez Deus respeita nossa liberdade até o fim. Você concorda com isso? Posso ainda acreditar que desse modo Deus não castiga nunca, que Ele é só Amor, só perdão, só misericórdia... Quem castiga somos nós mesmos, nossa culpa, nossa visão humana da justiça... Jesus deu perdão a Pedro e a Judas, mas este último não suportou a culpa...

    Abração,

    Venâncio

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  2. Meu querido Venâncio, trocar idéias com você faz com que meus neurônios se exercitem, diminuindo a chance de eu ter o mal de Alzheimer. É um verdadeiro exercício não só intelectual como espiritual. Só não alinho meu pensamento com o seu quando você afirma que Deus não castiga nunca. Quando uma pessoa não crê que Jesus perdoou na cruz os seus pecados, essa pessoa tem a condenação eterna, ou seja, vai para o inferno. E não sou eu que afirma isso, está na Bíblia. Mas leia o "PENSE NISSO 68" que estou postando hoje.
    Obrigado por escrever, isso me enriquece.
    Até mais no café da Célia.
    Abraço, Xyko.

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  3. Caríssimo, concordo com você, quem escolhe não crer na ação salvífica de Jesus, já está condenado... ele vai para o inferno, que ao meu ver não é nem temporal nem espacial, é um estado de privação da presença de Deus na eternidade (Deus nos livre...), afinal foi ele mesmo quem escolheu o castigo...

    Abração,

    Venâncio

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