sexta-feira, 20 de março de 2009

MISS ALGODÃO


É assim que denominamos algumas pessoas que volta e meia aparecem lá na Capelania do HC-UNICAMP. Elas estão sempre pedindo alguma coisa. O pensamento dessas pessoas deve ser algo do tipo “eles sempre 'algo dão' para mim”.
Por outro lado, existem pessoas que são realmente necessitadas.
“Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Lucas 12:33-34)
Cestas básicas, remédios, brinquedos, roupas, calçados, produtos de higiene ou de limpeza, dinheiro para pagar água, energia elétrica ou gás, tudo isso, graças a Deus, e à generosidade dos outros, nós ganhamos muito e também distribuímos muito.
Mas a maior lição que aprendi ali é que Deus não quer necessariamente que eu dê nem meu dinheiro, nem meus bens, nem meu tempo e nem meus talentos.
Ele quer, primordialmente, que eu me dê!
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3:16-18)
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2:20)
“Andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios 5:2)

2 comentários:

  1. Caro Chico,
    Como moro bem perto do HC da Unicamp, sou visitado, diariamente, por pessoas que foram levadas ao hospital, vindas de cidades distantes, ficam internadas por certo tempo e, depois, recebem alta e devem deixar o local. Mas, não têm dinheiro para passagem de ônibus, nem para comer e... vão pedir algo nas casas mais próximas.
    Sempre damos alguma ajuda, mas achamos que o próprio HC deveria ter um "plano de devolução" desses pacientes curados para as respectivas cidades. Isso evitaria essa humilhante ação de pedir, de casa em casa, algo para comer, ou dinheiro para voltar para casa.
    Nestes 34 anos de residência aqui em Campinas, jamais ouvi falar de qualquer iniciativa nesse sentido. O trabalho do HC não termina, em minha ótica, ao colocar o paciente tratado na porta e apontar-lhe a rua. Um órgão público, com tantos profissionais de renome, não pode simplesmente largar o paciente pobre à sua própria sorte.
    Você sabia disso?
    Um abraço
    Lacerda

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  2. Caro Lacerda, sim, nós sabemos disso sim. O Serviço de Ação Social tem um bom esquema para encaminhar os pacientes para casa. As prefeituras de origem também teem esquema. A Capelania também atua nesses casos. Pode ser que as pessoas que batem à sua porta o façam por ignorar que existe recursos ou por má fé.
    Obrigado pelo comentário.
    Abraço, Xyko.

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