sexta-feira, 13 de março de 2009

LOGO DEPOIS DE PECAR


Eles estavam parados. Um não olhava para o outro. Ela chorava baixinho, mas ele não. E nenhum dos dois falava. Só pensavam no que haviam feito. E sentiam o peso da culpa, que doía muito.
Na hora parecia uma excelente idéia, mas ... agora isso.
Como sempre acontece comigo, uma das coisas que mais doíam naquele momento era saber que os dois quebraram aquela comunhão gostosa que tinham com Deus. Dava vergonha só de pensar no que fizeram!
Ela quebrou o silêncio, causando um sobressalto e um mal-estar nele: “E agora, para onde nós vamos?”. Ele respondeu: “Não sei! Ou melhor, não há para onde ir!! Tanto faz”.
Silêncio novamente. Ambos ficaram pensando se haveria chance de um retorno, alguma coisa que poderiam fazer para compensar. Não havia. Eles conheciam bem a Deus para saber que não havia.
É assim que eu imagino os momentos que precederam a expulsão de Adão e Eva do Paraíso.
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.” (Gênesis 3:6-7)
“Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3:22-24)
Quando eu era bem mais moço, me passou pela cabeça a seguinte pergunta: “Que culpa tenho eu de Adão e Eva terem pecado?”, mas depois a identificação foi tanta que concluí que, no mínimo, eu faria igual.
O que me passou pela cabeça hoje foi questionar se só eu sou tão pecador. Mas que importância tem isso? Nenhuma. O que importa é o que está nesses versículos:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:8-9)

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