Enquanto eu fazia companhia para a paciente, a sua mãe, Dona Olívia, conversava com o médico lá fora, no corredor. Quem estava internada ali era uma moça de 25 anos. Seu nome era Ermelinda, mas todos a chamavam de Me. Ela havia sofrido um acidente de moto. Como consequência, teve que amputar a perna na altura do meio da canela. Ela ainda sofria as tais “dores fantasmas” no pé que não tinha mais. E tinha também muitas dores reais, pois no local onde fora cortado, a carne estava necrosando. Havia cheiro ruim no quarto.
Mas naquele momento em que eu estava com ela, aquela moça estava bem, tínhamos até dado algumas poucas risadas. Já havia um bom tempo que eu a visitava e com isso fizera uma boa amizade com as duas.
Quando a mãe voltou, só pelo rosto dela dava para ver que havia algum problema. Então já me preparei.
A Dona Olívia entrou, passou para o lado da cama oposto ao que eu estava, segurou uma das mãos da Me e olhou-a nos olhos. A moça sem desviar os olhos da mãe, estendeu a outra mão para mim, me procurando. Eu a segurei com carinho.
Aí a mãe falou, já chorando: “Filha, eles vão ter que cortar mais um pouco, um dedo acima do joelho”.
Nós choramos juntos o tempo suficiente para enchermos uma banheira de lágrimas e ali lavarmos toda a nossa tristeza.
“Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” (Romanos 12:15)
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” (Mateus 5:4)
O chorar, que coisa maravilhosa Deus criou, não é mesmo?! É tão maravilhoso o fato de podermos assim extravasar aflições que me causa estranheza um ator conseguir representar que está chorando.
PARA REFLETIR:
“Jesus chorou.” (João 11:35)
Mas naquele momento em que eu estava com ela, aquela moça estava bem, tínhamos até dado algumas poucas risadas. Já havia um bom tempo que eu a visitava e com isso fizera uma boa amizade com as duas.
Quando a mãe voltou, só pelo rosto dela dava para ver que havia algum problema. Então já me preparei.
A Dona Olívia entrou, passou para o lado da cama oposto ao que eu estava, segurou uma das mãos da Me e olhou-a nos olhos. A moça sem desviar os olhos da mãe, estendeu a outra mão para mim, me procurando. Eu a segurei com carinho.
Aí a mãe falou, já chorando: “Filha, eles vão ter que cortar mais um pouco, um dedo acima do joelho”.
Nós choramos juntos o tempo suficiente para enchermos uma banheira de lágrimas e ali lavarmos toda a nossa tristeza.
“Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” (Romanos 12:15)
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” (Mateus 5:4)
O chorar, que coisa maravilhosa Deus criou, não é mesmo?! É tão maravilhoso o fato de podermos assim extravasar aflições que me causa estranheza um ator conseguir representar que está chorando.
PARA REFLETIR:
“Jesus chorou.” (João 11:35)
Caro amigo,
ResponderExcluirNa história da criação e evolução do cosmos, a vida primeiro apareceu nos oceanos, a água salgada (água significando o berço líquido e a mãe da vida e o sal significando o cristalino equilíbrio entre o ácido e o básico dissolvido em perfeito equilíbrio) propiciou a Origem e evolução de todos os seres vivos. Quando esses seres saíram da água e se aventuraram pela terra seca, tiveram que criar uma pele impermeável e levar a água salgada para onde eles fossem, para continuarem vivos... a água salgada é a Origem e permanece constitutiva da vida nesta terra, é sua essência.
Gosto de pensar que as lágrimas nada mais são que uma lembrança dessa nossa Origem que brota dos espelhos de nossas almas quando nossos corações se aquecem. Uma saudade imensa da nossa criação e (porque não?) um sinal que estamos morrendo um pouquinho, secando por dentro e ficando mais próximos do nosso grande retorno...
Muita Paz,