Muitos dos brinquedos de hoje são perniciosos.
A mãe do garoto de 5 anos e eu estávamos conversando no pátio da pediatria do HC-UNICAMP, onde o menino estava internado. Para distraí-lo durante a internação o pai havia lhe dado um brinquedo. Era um helicóptero. Com uns 20 cm de comprimento, o helicóptero era daqueles com duas enormes hélices. O menino apertava o botão, a aeronave começava a funcionar, dava umas voltinhas pelo chão, parava, abria uma porta na traseira de onde saia um jeep com 2 soldados e uma metralhadora, dava uns tiros e voltava para dentro do helicóptero, que fechava a porta e dava outras voltinhas começando tudo de novo. É um desses brinquedos que brincam sozinhos, a criança só olha.
Outro dia eu vi uma caixa que acondiciona os brinquedos que uma rede de lanchonetes vende e compulsoriamente impinge a compra do sanduíche e da batata frita. De um lado dessa caixa estava a foto das bonecas para as meninas, do outro os bonecos para os meninos. Verdadeiros monstros.
Antes as meninas viam as bonecas como as suas filhas. Assim eram ensinadas a ser mães, a cuidar de alguém, a ser altruístas, e aprendiam a ser mulher.
Hoje as meninas se identificam com as bonecas. A boneca passa a viver a vida que a menina quer ter. E que vida é essa que vem determinada pela fábrica de brinquedos? Vida de uma consumista. É precisa comprar todos os acessórios para a boneca/menina. E há de tudo: roupas, sapatos, carro, casa, lancha, bolsa, clube, lanchonete, salão de beleza, restaurante, até mini-shopping.
A criança se torna uma consumidora.
Já os meninos lidam com bonecos armados que dominam violentamente monstros. Eles aprendem a resolver seus problemas no soco, no tiro e no grito.
E os pais, querendo fazer o fácil e não o certo, racionalizam que é só uma brincadeira.
PARA REFLETIR:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
A mãe do garoto de 5 anos e eu estávamos conversando no pátio da pediatria do HC-UNICAMP, onde o menino estava internado. Para distraí-lo durante a internação o pai havia lhe dado um brinquedo. Era um helicóptero. Com uns 20 cm de comprimento, o helicóptero era daqueles com duas enormes hélices. O menino apertava o botão, a aeronave começava a funcionar, dava umas voltinhas pelo chão, parava, abria uma porta na traseira de onde saia um jeep com 2 soldados e uma metralhadora, dava uns tiros e voltava para dentro do helicóptero, que fechava a porta e dava outras voltinhas começando tudo de novo. É um desses brinquedos que brincam sozinhos, a criança só olha.
Outro dia eu vi uma caixa que acondiciona os brinquedos que uma rede de lanchonetes vende e compulsoriamente impinge a compra do sanduíche e da batata frita. De um lado dessa caixa estava a foto das bonecas para as meninas, do outro os bonecos para os meninos. Verdadeiros monstros.
Antes as meninas viam as bonecas como as suas filhas. Assim eram ensinadas a ser mães, a cuidar de alguém, a ser altruístas, e aprendiam a ser mulher.
Hoje as meninas se identificam com as bonecas. A boneca passa a viver a vida que a menina quer ter. E que vida é essa que vem determinada pela fábrica de brinquedos? Vida de uma consumista. É precisa comprar todos os acessórios para a boneca/menina. E há de tudo: roupas, sapatos, carro, casa, lancha, bolsa, clube, lanchonete, salão de beleza, restaurante, até mini-shopping.
A criança se torna uma consumidora.
Já os meninos lidam com bonecos armados que dominam violentamente monstros. Eles aprendem a resolver seus problemas no soco, no tiro e no grito.
E os pais, querendo fazer o fácil e não o certo, racionalizam que é só uma brincadeira.
PARA REFLETIR:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
Caro Xyko,
ResponderExcluirFico triste ao constatar as consequencias da falta de brincadeira "à moda antiga". As crianças ficam limitadas em suas habilidades criativas, diminuem a atividade física e o desenvolvimento psico-motor fica comprometido, gerando dificuldades no aprendizado...simplesmente pelo fato de não brincar...
Abração,
Andréia
Olá, Chico!
ResponderExcluirAchei muito importante sua observação sobre os brinquedos, mas o que me chamou atenção mesmo foi sobre as bonecas.
Eu, como todas as meninas, e nem vou falar do meu tempo, mas de todos os tempos, brinquei de boneca como se brinca com uma filha. Era realmente de casinha, e treinava para o papel materno. Havia amor pelo brinquedo. Hoje as bonecas estão aí para serem consumidas e ensinarem a consumir. O mais grave é quando elas se tornam padrões de beleza, tanto pelo corpo, leia-se magreza, como pelo tom de pele.
Que pena!
Como o mercado influencia nossos comportamentos!!!
Continue nos ajudando a refletir, afinal, a gente pensa que pensa sozinho!!!
até mais.
Célia
E pensar que hoje a propaganda é muito bem direcionada ao público alvo sem qualquer escrúpulo, como no caso das crianças que você citou. Note que a propaganda de brinquedos hoje é feita diretamente para as crianças (veja os horários de desenhos animados na TV) e depois elas vão "fazer pressão" sobre os pais...
ResponderExcluirO laboratório que produz o remédio para tratamento de distúrbio do déficit de atenção e hiperatividade passou a vender muito mais quando focalizou a propaganda sobre as professoras das crianças, estas passaram a "fazer pressão" sobre as mães e estas sobre os médicos...
Um antidepressivo famoso também aumentou suas vendas depois que colocou um questionário na internet onde a pessoa respondia questões sobre o próprio humor e dependendo da pontuação final, deveria "procurar um médico" para considerar o tratamento da depressão...
O garoto propaganda do Viagra nos Estados Unidos foi por muito tempo um jogador de beisebol de 35 anos (por aqui o Pelé andou ajudando, ele nunca fez propaganda de cigarro ou cerveja como outros ídolos do futebol, mas de remédio... lembra do Vitasay).
E por aí vai... lembre que o segundo remédio mais vendido no Brasil (fora os genéricos, onde os analgésicos ganham) é um ansiolítico que só perde para um anticoncepcional.
Paz,