Se perguntarmos para uma pessoa, pode até ser nosso melhor amigo, “E aí, como vai? Tudo bem?”, é quase que certo que a resposta será um “Tudo bem” vazio de significado. Por isso eu prefiro perguntar “E aí, como está o seu relacionamento com Deus?”, pois tal pergunta exige uma resposta clara e verdadeira.
Certa vez fiz essa pergunta a um amigo e ele me respondeu: “Meu relacionamento com Deus está péssimo, pois eu estou brigando com Ele”. Aí eu falei para esse amigo: “Então tenho uma má notícia para lhe dar, ou seja, você já perdeu”.
“E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões.” (Atos 26:14 RA) Ou como está em outra versão, “Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz me dizer em hebraico: “Saulo, Saulo! Por que você me persegue? Não adianta você se revoltar contra mim.”” (Atos 26:14 NTLH)
Brigar com Deus é como a imagem de um filho pequeno que quer lutar boxe com o pai e tenta lhe dar uns socos enquanto o adulto o mantém afastado com uma mão segurando a criança pela cabeça, e o pior, rindo. Mesmo que o garoto consiga atingir o pai não causa nenhum efeito.
Mas de onde vem toda essa pretensão de acharmos que temos o direito de brigar com o próprio Deus?
Recentemente eu fiz isso. Comecei a fazer tudo certinho (Na minha ótica, claro.) na esperança de que Deus me desse uma determinada coisa e sabe o que Ele fez? Não deu! Aí eu quis dar uns socos n'Ele.
PARA REFLETIR:
“Ficando ele (Jacó) só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa. Por isso, os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação da coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do quadril.” (Gênesis 32:24-32)
Observação: a expressão “prevalecer” no v. 28 pode ser entendida como “render-se”.
Certa vez fiz essa pergunta a um amigo e ele me respondeu: “Meu relacionamento com Deus está péssimo, pois eu estou brigando com Ele”. Aí eu falei para esse amigo: “Então tenho uma má notícia para lhe dar, ou seja, você já perdeu”.
“E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões.” (Atos 26:14 RA) Ou como está em outra versão, “Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz me dizer em hebraico: “Saulo, Saulo! Por que você me persegue? Não adianta você se revoltar contra mim.”” (Atos 26:14 NTLH)
Brigar com Deus é como a imagem de um filho pequeno que quer lutar boxe com o pai e tenta lhe dar uns socos enquanto o adulto o mantém afastado com uma mão segurando a criança pela cabeça, e o pior, rindo. Mesmo que o garoto consiga atingir o pai não causa nenhum efeito.
Mas de onde vem toda essa pretensão de acharmos que temos o direito de brigar com o próprio Deus?
Recentemente eu fiz isso. Comecei a fazer tudo certinho (Na minha ótica, claro.) na esperança de que Deus me desse uma determinada coisa e sabe o que Ele fez? Não deu! Aí eu quis dar uns socos n'Ele.
PARA REFLETIR:
“Ficando ele (Jacó) só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa. Por isso, os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação da coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do quadril.” (Gênesis 32:24-32)
Observação: a expressão “prevalecer” no v. 28 pode ser entendida como “render-se”.
Oi, Xyko!
ResponderExcluirComo não tenho internet em casa, precisei vir aqui para o Dalbem para usar a internet sem fio. Sabe quem acabou de entrar? Você e a Denise! Dei um tchau, mas vocês não me viram!
E já peço desculpas porque, embora tenha certeza de que seria muito agradável acompanhá-los num almoço, tenho algumas coisas urgentes da faculdade pra fazer!
O comentário pararia por aí, não fosse o fato de que no sábado agora, no momento a sós com o Senhor, escrevi a reflexão que se segue (claro, passível de erros):
"Certa vez, numa pregação, o Mark Ellys comentou sobre um capítulo – acho que do evangelho de Mateus – que relata, em sequência, três acontecimentos: uma pessoa que foi curada, uma expulsão de demônios e o momento em que Jesus acalma a tempestade. O Mark sugeriu que o autor do livro narrou essas três ocasiões em sequência para mostrar a soberania de Deus, manifesta em Cristo. Tudo o obedecia: a doença, os demônios e a natureza. Ele quis chamar a nossa atenção para o fato de que nem sempre nós o obedecemos!
Até os demônios o obedecem e os seres humanos, não!
Apenas lembrei-me disso hoje, depois de muito tempo que ouvi essa pregação.
Isso porque andei pensando no quanto a minha obediência a Deus foi forjada pela muita desobediência.
De tanto quebrar a cara, como consequência do meu desobedecer, da qual o Senhor não me livrava – justamente pra que eu aprendesse – aprendi que não adianta.
Como disse a Maria, numa aula da escola dominical, quem luta contra Deus sempre vai perder!
Infelizmente, não tem sido tanto por amor que tenho obedecido um pouco mais a Deus, mas sim por causa desse entendimento.
Posso estar enganada, mas acho que é também por esse mesmo entendimento que os demônios obedecem a Deus: o de que não adianta lutar contra O Criador, onipotente, onisciente e onipresente.
Aliás, mudando um pouquinho de assunto, essas são características divinas que muitas vezes as pessoas atribuem a Satanás. Demorou pra perceber que eu fazia o mesmo. Achava que Satanás também estava em todos os lugares e tinha poderes infinitos. É uma compreensão como essa que leva uma pessoa a ficar orando pelos cantos pedindo que Deus o repreenda. “O poder de Satanás é infinito, mas o de Deus é infinitamente maior!” - isso é uma grande contradição, da qual resulta a noção de que existe uma batalha espiritual.
Não é possível haver batalha entre uma joaninha e um ser humano: se ela tentar fazer algo contra ele, já está derrotada!
Ou seja, Satanás já está derrotado!
Os próprios demônios sabem que não adianta lutar contra Deus, embora tentem: quando Jesus se aproximava, bastava uma palavra Sua para eles saírem! Jesus não dava espaço pra demônio falar, como o fazem esses pastores da televisão, que estão mais preocupados com o seu showzinho do que com a pessoa em cujo corpo está um demônio.
Lembro-me de uma vez em que o Xyko comentou a respeito de um paciente internado no Hospital de Clínicas da Unicamp, cristão, em cujo corpo um demônio entrou certa vez. O Senhor lembrou o Xyko daquele versículo que diz pra que nos acheguemos a Deus, resistamos ao diabo e ele fugirá de nós. Com esse versículo em mente, o Xyko foi em direção ao homem e começou a conversar com ele. Quando o demônio tentou dizer algo, o Xyko foi logo dizendo: “Não é com você que eu estou falando.” e continuou a conversar com o homem, algo no sentido do que diz o versículo. Num instantinho, o demônio saiu. O poder de Deus é mesmo irresistível!
Que bom que eu aprendi isso na minha juventude! Espero errar bem menos daqui pra frente!"
Não é uma "Jesuscidência"?
Caríssimos, belos textos, tanto o do Xyko como o comentário da Pri (estava sentindo falta dos comentários dela).
ResponderExcluirEu sinceramente já custo acreditar que Deus vai realmente "brigar" com a gente... prefiro acreditar que Deus fica "torcendo" para a gente ganhar uma briga interna contra nós mesmos, que a gente acaba achando que é com Deus, de tão difícil que essa briga é...
Não é isso que representa Moisés matando o egípcio (ele não estava "matando" o egípcio dentro dele mesmo?), Saulo não teve que "matar" o cidadão romano, perseguidor de cristãos que tinha dentro dele, para caírem as escamas dos olhos e renascer Paulo do batismo de Ananias? O próprio Jacó lutou tanto "contra ele mesmo" que machucou a articulação da coxa (articulação é a parte do corpo que dá flexibilidade aos movimentos, qua dá "jogo de cintura"). Jacó, que quer dizer "aquele que supera" teve que aprender na marra, assim como Moisés e Saulo...
Tem uma história de um mestre budista que dizia aos seus alunos que dentro dele tinha uma luta contínua entre um cachorro bom e um cachorro mau, aí um aluno perguntou qual deles ganharia a luta e ele disse que seria aquele que ele alimentasse...
Para mim esse "cachorro mau" dento de nós é aquilo que chamamos de demônio e ele fica ali escondidinho esperando que achemos alguma coisa fora de nós para culparmos de nossos erros.
Nós somos esse Jacó nessa luta dura que deixa sequelas...
É o que disse o poeta espanhol Juan Ramon Jimenes:
" Eu não sou eu,
sou este que vai ao meu lado sem eu vê-lo,
que por vezes vou ver,
e que às vezes esqueço.
O que se cala, sereno, quando falo,
o que perdoa, doce, quando odeio,
que passeia por onde estou ausente,
e que ficará em pé quando eu estiver morrendo..."
Por este "outro eu" certamente vale a pena travar essa luta eterna...
Paz,
Venâncio:
ResponderExcluirAmei seu comentário.
Você me mata de orgulho!!!!!
Célia