sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DEVOLVE MINHA ASMA, DOUTOR


Uma das perguntas mais impressionantes que Jesus fez foi aquela proferida ao homem enfermo que estava junto ao tanque de Betesda: “Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?” (João 5:6)
Na sequência, vemos que a sociedade, representada pelas autoridades, não queria o homem curado. Queriam que a lei fosse cumprida, mas não se alegraram ao ver o homem livre de seus males!
A cura pode desestabilizar a ordem das coisas. E isso incomoda. Um exemplo: se eu fosse liberto das sequelas da minha poliomielite, tudo na minha vida teria que mudar, desde as minhas roupas até o meu relacionamento com todas as pessoas que conheço!
Fiquei sabendo de uma história, não sei se real, mas que de qualquer forma é uma boa ilustração do que estou querendo dizer. Um homem, por insistência da família, faz um tratamento para se ver livre de seu problema respiratório. Curado, ele chega para o médico e pergunta: “Doutor, o que o senhor fez com a MINHA asma??”.
A asma era um estilo de vida, uma arma eficaz para chantagear os outros e uma forma de chamar a atenção.
Talvez seja por isso que muitas filhas de pais alcoólatras se casam com alcoólatras.
A Laura, minha “neta por opção” (digo assim porque me disseram que “neta postiça” é muito feio!) teve que imobilizar um dedo da mão por causa de um machucado durante um jogo de vôlei. Segundo a Soraya, a mãe dela, todo o corpo da Laura parece estar imobilizado junto com o dedinho. Ela se vira em bloco. E “por sorte” a Letícia, a irmã mais velha da Laura bateu a cabeça e criou um “galo enorme”, assim ela não fica para trás. É sério, gente! Ficar doente é ruim mas tem suas vantagens.
Quanto à cura, se você tiver fé, um beijo e um abraço pode sarar.
PARA REFLETIR:
“Queres ser curado”? (João 5:6b)

3 comentários:

  1. Caríssimo,

    Creio que a asma é um excelente exemplo, ela pode simbolizar a dificuldade de respirar, relacionada muitas vezes ao excesso de zelo, principalmente das mães, que caem na tentação de serem superprotetoras com seus filhos, chegando a sufocá-los... creio que foi isso (uma espécie de "asma") que matou o filho de uma das mulheres que foram procurar Salomão em I Reis 3, 16ss.
    E porque não a filha de Jairo, a qual Jesus chamou de Talita (que quer dizer mocinha e não mais criança, afinal ela já tinha 12 anos, idade já emancipada para os judeus) e até o filho único da viúva de Naim, o qual Jesus chamou de moço e pediu para a mãe não mais chorar por ele (afinal ele cresceu...). E olha que a sociedade toda legitimava essas posturas, chorando junto, "carregando" o caixão.
    Muitas vezes essas estruturas que "matam" as pessoas se tornam "cômodas" e justificam a atenção e cuidados das mães e da "sociedade", e as pessoas "doentes" passam a viver da situação de doença, com ganhos secundários e até primários, como você mesmo citou...
    Mas essas situações são cruéis, paralizantes e mortificantes e temos que tentar sair delas e ajudar os outros a saírem também... como Jesus mesmo nos mostrou.
    É um grande desafio...

    Paz,

    PS - Note o "beicinho" de birra do bebezinho da foto...

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  2. Ops, é "paralisante"...

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  3. Pena que tem muita gente doente da alma.Ciça

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