terça-feira, 1 de setembro de 2009

VOCÊ SE IMPORTARIA SE MORRESSE HOJE?


Por que?
Fui visitar a Dona Estefânia, uma senhora de oitenta e poucos anos na UTI. Ela era evangélica, estava lúcida e queria ajuda para tomar uma decisão. Os médicos lhe haviam dito que ela precisaria fazer uma cirurgia, sem a qual teria 90% de chance de morrer. Mas, ela só tinha 10% de chance de sobreviver à cirurgia. As chances eram iguais.
Os filhos não queriam que ela operasse, ela queria. Ela queria também saber a possibilidade de saber o que Deus queria, e por isso me chamou. Não havia essa possibilidade, a dúvida continuava e só ela podia tomar a decisão.
Conversamos muito tempo, e desse bate-papo concluí que realmente ela estava pronta para ir se encontrar com o Senhor! E ela tinha a possibilidade de “escolher” uma morte tranquila e indolor, isso se tivesse a “sorte” de morrer na mesa cirúrgica. E iria logo para o céu, que era o que ela mais queria. Mas os filhos não estavam prontos nem emocional nem espiritualmente para ficar sem ela.
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.” (Filipenses 1:21-26)
O que foi muito bonito em tudo isso é que aquela senhora se preocupava muito em, qualquer que fosse a decisão, que Deus fosse glorificado.
Ela optou por não operar.
PARA REFLETIR:
“Louco, esta noite te pedirão a tua alma”. (Lucas 12:20)

Um comentário:

  1. Caro Xyko,

    O nome Estefânia significa "coroada"...
    Não dá para não associar com as palavras de Paulo:

    "Combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé, agora só me resta a coroa da justiça" (2Tim 4, 7)

    Tomara que tenhamos o privilégio de, como D. Estefânia, alcançarmos o alto dos oitenta anos com essa lucidez, serenidade e fé...

    Pois é, frente ao mistério somos como a formiguinha contemplando o por do sol... (por outro lado, por que não o nascer do sol?...)

    Paz,

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