sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NÃO FUI EU


Quando estava conversando com as duas filhas na sala, um amigo meu ouviu um barulho estranho vindo do quarto das meninas, que deviam ter em torno de 4 ou 5 anos. Foram lá ver e deram com o filho mais novo (com quase 2 anos de idade) junto à janela, e todas as bonecas das irmãs tinham sido jogadas para o quintal. “Por que você jogou as bonecas lá?” perguntou o pai. O menino respondeu: “Não fui eu, foram elas”.
Você é assim, dessas pessoas que nunca admitem que erraram? Pois se é (quem é não admite ser) tenho que lhe dizer que os outros sofrem muito para se relacionarem com você.
E o seu relacionamento com Deus pode ficar muito prejudicado.
Vamos ver uns versículos: “Veio, pois, Samuel a Saul, e este lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; executei as palavras do SENHOR. Então, disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos e o mugido de bois que ouço? Respondeu Saul: De Amaleque os trouxeram; porque o povo poupou o melhor das ovelhas e dos bois, para os sacrificar ao SENHOR, teu Deus; o resto, porém, destruímos totalmente.” (1 Samuel 15:13-15)
A ordem que o SENHOR havia dado a Saul através de Samuel é que destruísse todo ser vivo que estava nas terras dos amalequitas, não podiam fazer despojos. Mas Saul poupou os melhores dos animais e o rei Agague. Note que Saul culpa primeiramente seus homens, e depois se refere ao SENHOR como o Deus de Samuel, e não como seu próprio.
Certa vez, quando fui exortado por um irmão sobre um erro cometido, ele perguntou o que eu tinha a dizer, e logo em seguida esse irmão externou sua admiração por eu ter admitido na hora a falha. Ele pensou que eu negaria. Aí já seria outro erro a confessar.
PARA REFLETIR:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1 João 1:8-10)

Um comentário:

  1. Caríssimo Xyko,

    Muito ilustrativa a fotografia do gatinho sendo "acusado" e sem saída...
    Ela é o retrato da pedagogia do medo que impomos para os outros (principalmente nossos filhos) e eventualmente para nós mesmos. Quando estamos acuados como na foto, fica muito mais fácil negar a autoria e encontrar um "bode expiatório" para a culpa...
    Responsabilidade (da mesma raiz da palavra responder) é exatamente esse envolvimento com as situações que vivemos e com as consequências das mesmas...
    E hoje em dia vivemos uma sociedade de pouco envolvimento humano e que sempre "busca pelos culpados" de tudo. Qualquer coisa que não saia como queremos tem que ter um "culpado" (os outros). Queremos sempre ser aquele "dedo" apontando...

    Paz,

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