quarta-feira, 18 de novembro de 2009

COERÊNCIA E PUREZA

Você já deve ter ouvido algum comentário igual ou parecido com esse: “Ele fez isso por pura maldade”. A princípio, essa expressão “pura maldade” pode parecer incoerente, pois como pode uma coisa ser pura e maldade ao mesmo tempo? A impressão de desarmonia surge pelo fato de confundirmos pureza com santidade. Pureza é não estar misturado com outros elementos, é estar sem sujeira ou corrupção. Nós podemos ter ouro puro quando todos os metais menos nobres e sujeiras forem retirados. E desculpem a comparação meio chula, mas podemos ter um balde cujo conteúdo é puro cocô, onde não há, por exemplo, pedras.
Como cristãos, podemos e devemos ser santos e puros.
“Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1:15-16)
“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” (1 João 3:3)
“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” (2 Timóteo 2:22)
Como aplicar isso na nossa vida? Por exemplo: se um médico se dedica a um paciente interessado apenas na sua cura, ele está sendo puro em seus propósitos. Se o médico visa a cura e ganhar dinheiro, já não há pureza. Mas, se ele só quer ganhar dinheiro, há pureza!
Se alguém se relaciona com alguém apenas para satisfazer as necessidades legítimas do outro, há pureza nas intenções, mas se ela ama visando ser amado, é um relacionamento impuro. Pode até não haver imoralidade, mas é impuro.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.” (Tito 1:15)

Um comentário:

  1. Caríssimo,

    Concordo plenamente que pureza significa sem mistura, SEM CONFLITO DE INTERESSES...
    Hoje em dia confundimos pureza com castidade.
    Essa virtude está em falta hoje, pois ninguém faz mais nada sem pensar em lucro e quando se desvia a intenção daquilo que fazemos para outra coisa ("segundas intenções"), nos tornamos impuros, corrompidos. O melhor exemplo é o político que até faz alguma coisa para o povo, mas só pensa em desviar dinheiro ("rouba mas faz...").
    Tenho que concordar com o exemplo do médico, apesar de não gostar muito dele.

    Paz,

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