quarta-feira, 11 de novembro de 2009
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Existe uma dinâmica, na minha opinião já muito desgastada, que é aquela em que uma pessoa se fantasia de mendigo bêbado e comparece ao culto da Igreja para testar o acolhimento que os membros daquela comunidade oferecem aos marginalizados. Mais tarde o “ator” se revela. Algumas vezes é o próprio pregador da noite que se disfarça. A própria existência dessa performance tão difundida, já mostra que mendigos bêbados não são comuns nas Igrejas.
A Igreja primitiva se reunia nas casas. O critério de escolha de qual Igreja as pessoas deviam frequentar era geográfico. Como não havia tanta facilidade de locomoção como há hoje, as pessoas iam na comunidade mais próxima.
Agora, note os tipos de pessoas que confraternizavam o mesmo grupo:
“Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor. Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura. Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados. Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas. Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu.” (Colossenses 3:18-4:1)
“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos?” (Tiago 2:1-4)
As famílias tanto dos patrões como dos escravos eram “membros” da mesma Igreja! Comungavam da Ceia todos os tipos de pessoas. Não havia Igreja para uma determinada faixa social (seja rica ou pobre), nem de ex-viciados, nem só de jovens, ou de surfistas. Toda e qualquer pessoa podia ir à Igreja. Isso gerava problemas? Claro que sim. Mas era também um excelente treino para o desenvolvimento do amor e da graça.
Como é a sua Igreja hoje?
PARA REFLETIR:
“E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?” (Mateus 9:10-11)
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Achei um pouco confuso o texto de hoje, ou é minha cabeça que esta confusa?Ciça.
ResponderExcluirCaro Xyko,
ResponderExcluirSua reflexão ressaltou um fenômeno que tem acontecido em nossa sociedade e que é chamado de "compartimentalização". As pessoas vão se juntando cada vez mais em grupos homogêneos fechados e vivendo a vida toda dentro dele e nem se dá conta disso (veja os condomínios, por exemplo)...
Acredito que o mesmo acontece em nossas igrejas, como você bem apontou.
A igreja primitiva era comunitária no nível biológico (dividiam a comida e outras coisas básicas), nível social (dividiam suas posses e patrimônio), além do nível espiritual.
Hoje em dia, com o individualismo, cada um se vira como pode e participa da igreja apenas para satisfazer aquela necessidade de deleite místico, muitas vezes "pagando" por ele e só isso, sem outros compromissos...
Boa sua reflexão sobre nossa responsabilidade social: "Como é a sua Igreja hoje?"...
Fica mais profunda ainda se lembrarmos que a nossa "Igreja" deve começar pela nossa própria casa...
Paz,