Quase no fim da tarde lá estava eu na frente do hospital, esperando a Denise para irmos embora para casa. Uma técnica em enfermagem, colega ali no trabalho, uma senhora já, pára ao meu lado, esperando o filho vir buscá-la. Ela puxou papo dizendo que era muito bom ter uma casa para voltar depois de um dia cansativo. Concordei plenamente. Ela lembrou que há pessoas que não teem onde morar, como por exemplo, as vítimas de catástrofes.
Pode ser grande ou pequena, perto ou longe, mas nada como a nossa casa. Às vezes os pacientes que ficam mais tempo internados no hospital fazem do seu leito o seu lar, pondo ali fotos, desenhos enviados pelos filhos, livros, revistas, Bíblia e muitas vezes biscoito de polvilho. É interessante notar que muita gente que vai visitar um doente pensa que biscoito de polvilho é um bom presente.
Algumas vezes, depois de um dia puxado, quando estou entrando no condomínio onde moro, eu digo: “Oba! Casinha, casinha!”, e já relaxo. Gosto de voltar para casa. Tomar um banho, vestir uma roupa mais confortável, comer um lanchinho, ali estão os livros que estou lendo, a TV, a companhia da Denise.
E pensar que há pessoas, e não poucas, que teem uma casa mas o ambiente é um inferno. Não dá vontade de voltar para casa. Aí alguns apelam para a ilusão do “Bar, doce bar”.
É claro que não poderíamos deixar de lembrar da esperança da nossa casinha lá no céu:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (João 14:1-3)
Você consegue sossegar pensando que muitos não possuem essa esperança?
é muito bom voltar pra casa, eu infelizmente não tenho tido muito prazer em voltar pra casa, mesmo porque não considero minha casa em Curitiba como casa, e sim um lugar pra dormir.
ResponderExcluir"Sonho em ter minha casa, e ter prazer em estar nela".
Ciça