quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VAI NADANDO, PEIXINHO

Essa expressão que dá título ao texto de hoje, quem me ensinou foi o Venâncio, a qual ele usa quando alguém mais jovem o contesta quando ele,o Venâncio, profere uma verdade aprendida pela experiência. A juventude, de uma forma geral, se acha a “dona da verdade”.
Atente agora para esse verso do Belchior da música “Como nossos pais”: “Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude, está em casa, guardado por Deus contando o vil metal”.
O movimento hippie foi protagonizado por jovens geralmente das classes média e alta, que saíam de casa e formavam comunidades, defendiam a vida de “paz e amor”, atacavam os sistemas religioso e financeiro dos pais e se afundavam nas drogas. Tais drogas eram pagas, via de regra, com os gordos cheques das mesadas que os pais desses jovens davam para não terem problemas de consciência.
Com o passar do tempo, os hippies se transformaram em yuppies, jovens bem sucedidos profissionalmente, que se vestem de terno e possuem relógio Rolex.
Por que isso aconteceu?
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas.” (Eclesiastes 1:9-11)
Há alternativa para para tudo que é velho e volta como se fosse novo?
Sim. A palavra “evangelho” quer dizer “boas novas”. E o que é o evangelho?
“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Coríntios 15:1-4)
Só assim é que podemos experimentar a verdadeira paz e o verdadeiro amor.
Agora, se você acha que suas idéias são originais e melhores, “Vai nadando, peixinho”.

Um comentário:

  1. É isso aí, caríssimo.

    Atualmente os jovens que mais me desafiam, e para os quais eu mais falo essa frase, são meus filhos (Juliana de 16 anos e Lucas de 18).
    Legal que essa frase tem várias conotações: primeiro chama de "peixinho", peixe é o termo carinhoso usado para aquele que é predileto, protegido. O diminutivo sugere carinhosamente a relação desigual. A "essência" de ser peixe é nadar, então a frase instiga a viver bem a vida, naquilo que ela tem de melhor (sua essência). O peixe às vezes nada a favor da corrente, às vezes contra, mas não pode parar de nadar. Se não se cuidar, o peixe acaba sendo comido (ou pescado) pelos predadores.
    O peixe nadando é uma bela metáfora da nossa vida. O final da história será tanto mais feliz quanto mais reconhecermos que a nossa essência, o nosso "nadar" é o próprio Cristo: Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrônimo de Iesus Christus Theou Yicus Soter, "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador".


    Paz,

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