Esse texto, muito bom por sinal, foi postado em atenção aos meus alunos da Escola Bíblica Dominical da IBCU (Xyko Motta).
A MARCA DA INTOLERÂNCIA
“Examinei com cuidado o significado de um herege e não consigo fazê-lo significar mais que o seguinte: um herege é um homem de quem discordamos”. Essa afirmação, em tom irônico, data do século 16 e se deve a um protesto contra a intolerância que a Reforma Protestante começava a assumir na Genebra de Calvino. Um movimento que começou brandindo pelo direito à “liberdade de consciência”, e que não deveria “triunfar pelo fogo, mas pelos escritos” (Lutero), estava adotando métodos tão intolerantes quanto os de seus perseguidores. O próprio Lutero, como se sabe, concordou que anabatistas e membros de outros movimentos protestantes mais extremistas fossem condenados à morte pela autoridade civil.
O que aqui se escreve não é para infamar a memória daqueles reformadores ilustres. Eram filhos de seu tempo e não podem ser julgados pelos critérios de quem, no presente, pode observar seus erros com quase cinco séculos de vantagem. A necessidade de preservar verdades fundamentais num ambiente terrivelmente hostil, se não justifica, ao menos explica as ações agressivas que adotaram na ânsia de preservar o sistema que defendiam.
O que se pretende mostrar é que a intolerância, esse sentimento que nos leva a desprezar e nos afastar do diferente, e estabelecer a “nossa verdade” a fórceps, pode assaltar inclusive os mais sinceros e honestos homens de Deus. Se homens com aquela envergadura moral, evidentemente chamados por Deus para a realização de um propósito grandioso, incorreram em intolerância brutal, não é de imaginar que corremos o mesmo risco?
E é bom lembrar que quando somos intolerantes raramente o assumimos, mas sempre garantimos que assim agimos pelos mais nobres e espirituais motivos. E qual motivo poderia ser mais nobre e espiritual do que a defesa da verdade da Palavra de Deus? O problema é que escudado nessa boa razão – e é isso que nos mostra o teatro da história – podemos, em vez de defender a causa santa, dar vazão à nossa atávica intransigência. “Sou uma pessoa relativamente fácil de conviver, só não suporto que discordem de mim”, diz o “Deus” brasileiro do filme de Cacá Diegues, vivido por Antônio Fagundes. Talvez os líderes das igrejas no país devessem se perguntar aonde o cineasta foi buscar esse paradigma distorcido para retratar a Deus.
Não faltará quem diga que a intransigência é necessária na defesa da verdade, afinal se o evangelho está em jogo devemos ser intransigentes. Isso está correto, mas devemos nos lembrar que somente aquilo que é essencial ao evangelho é que requer uma defesa radical. Vejamos alguns exemplos. Alguém pode usar, hoje, o título de apóstolo? O batismo deve ser aplicado apenas a quem entende o ato ou deve se estender às crianças? As línguas estranhas constituem um sinal de batismo do Espírito Santo?
Sabemos que haverá diferentes respostas para todas essas perguntas no meio evangélico. Mas concordamos que Jesus é o Senhor, que a justificação dos pecados somente ocorre pela graça de Deus, por meio da fé, com a autoridade suprema das Escrituras como regra de fé e prática, e em todas as afirmações do credo apostólico. Isso nos revela que aquelas verdades, a respeito das quais divergimos, não são essenciais à nossa unidade, pois podemos comungar uns com os outros apesar dessas diferenças, enquanto que estas outras são inegociáveis, e não poderá haver unidade com aqueles que não a aceitam.
Assim, a nossa unidade deve se dar em torno do que tem sido considerado essencial no correr dos séculos da história da igreja e devemos aprender a exercitar a tolerância naqueles outros assuntos, a respeito dos quais pensamos de modo diferente. Essa tônica foi bem resumida num provérbio antigo, produzido no calor da Reforma, que preconiza o seguinte: “Na verdade, unidade; nas questões duvidosas, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. A frase, segundo John Stott, se deve a Petrus Meuderlin, pensador luterano do século 17, que lamentava, desde então, a falta de unidade do movimento que se desligara da igreja romana. “Se nós pelo menos observássemos unidade nos essenciais, liberdade nos não-essenciais, caridade em todas as coisas, as nossas relações estariam na melhor situação possível”. Corremos, todavia, o risco de nos esquecer do essencial, de guerrearmos pelo não-essencial, e tudo isso sem a menor caridade.
• João Heliofar de Jesus Villar, 45, é procurador regional da República da 4ª Região (no Rio Grande do Sul) e cristão evangélico.
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
PENSANDO BEM ...
Gosto quando um determinado versículo ocupa meu refletir por muito tempo, e esse que se segue está desde ontem de manhã em meu pensamento:
“Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.” (João 6:15)
Jesus tinha acabado de fazer o milagre da primeira multiplicação dos pães, uma multidão extasiada de 5.000 homens (fora mulheres e crianças, então deviam ser no mínimo umas 10.000 pessoas!) queria fazê-lo rei, e o que Ele faz? Se retira!
Pensa comigo: eu até entendo que Jesus não quisesse ser feito rei naquele momento, pois Ele sabia que não seria possível estabelecer Seu Reino sem a cruz. Na ocasião da tentação de Jesus, o Diabo tentou isso e não conseguiu (“Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” - Mateus 4:8-10).
Até aqui eu entendo. O que me espanta é Jesus não ter aproveitado a excelente, fantástica e rara oportunidade de, não de se tornar rei, mas de fazer propaganda de seus planos, arrumar aliados, mais seguidores, patrocinadores e, enfim, expandir seus projetos. Ele jogou fora a chance de fazer um enorme sucesso. Pelo contrário, ao invés de aproveitar a popularidade, Ele vai para um monte ficar sozinho.
É óbvio que não dá para entender isso se continuarmos olhando para esse episódio pela perspectiva humana. Pela perspectiva de Deus popularidade não é, necessariamente, característica de uma pessoa bem sucedida.
O sucesso com Deus está intimamente relacionado, não a estarmos no centro dos acontecimentos, mas aos momentos de solitude com o Pai Divino. Repare que o versículo fala que Jesus se dirigiu “novamente” ao monte.
“E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:4)
É necessária uma sintonia muito bem ajustada com a Vontade de Deus.
PARA REFLETIR:
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12:2 NTLH)
“Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.” (João 6:15)
Jesus tinha acabado de fazer o milagre da primeira multiplicação dos pães, uma multidão extasiada de 5.000 homens (fora mulheres e crianças, então deviam ser no mínimo umas 10.000 pessoas!) queria fazê-lo rei, e o que Ele faz? Se retira!
Pensa comigo: eu até entendo que Jesus não quisesse ser feito rei naquele momento, pois Ele sabia que não seria possível estabelecer Seu Reino sem a cruz. Na ocasião da tentação de Jesus, o Diabo tentou isso e não conseguiu (“Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” - Mateus 4:8-10).
Até aqui eu entendo. O que me espanta é Jesus não ter aproveitado a excelente, fantástica e rara oportunidade de, não de se tornar rei, mas de fazer propaganda de seus planos, arrumar aliados, mais seguidores, patrocinadores e, enfim, expandir seus projetos. Ele jogou fora a chance de fazer um enorme sucesso. Pelo contrário, ao invés de aproveitar a popularidade, Ele vai para um monte ficar sozinho.
É óbvio que não dá para entender isso se continuarmos olhando para esse episódio pela perspectiva humana. Pela perspectiva de Deus popularidade não é, necessariamente, característica de uma pessoa bem sucedida.
O sucesso com Deus está intimamente relacionado, não a estarmos no centro dos acontecimentos, mas aos momentos de solitude com o Pai Divino. Repare que o versículo fala que Jesus se dirigiu “novamente” ao monte.
“E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:4)
É necessária uma sintonia muito bem ajustada com a Vontade de Deus.
PARA REFLETIR:
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12:2 NTLH)
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
DEPRESSÃO, INDIVIDUALIDADE E HISTORICIDADE
O jovem que anda por todo lugar com os dois fones de seu MP3 nos ouvidos, geralmente acha uma chatice as histórias contadas pelos avós, como também pensa ser um tédio visitar um museu histórico e ainda, por outro lado, seus planos para o amanhã só levam em conta seus próprios interesses.
Quem me inspirou essas idéias que vou esboçar aqui (como tantas outras) foi o Venâncio, meu grande amigo e “comentarista” assíduo de nosso Blog.
Talvez o fator que mais contribua para a depressão individual seja a alienação da pessoa de seu contexto histórico e a consequente não consciência do mesmo de qual é o seu lugar na sociedade.
Uma amiga minha após ler algo em um livro de filosofia, certa noite encontrou o irmão dela no corredor da casa deles e perguntou ao rapaz que estava com um sanduíche na mão: “Quem é você? De onde você vem? Para onde você vai?”, ao que ele respondeu meio espantado “Eu sou o seu irmão Zé, venho da cozinha e vou para a sala ver TV”.
O assunto em pauta exige maior profundidade.
Um dos pontos mais característicos dos nossos dias, principalmente no ocidente, é a individualidade. Desprezamos nosso passado e não nos incluímos nos planos coletivos.
O povo judeu, nos tempos bíblicos e acho que hoje ainda é assim, prezava suas genealogias (incluindo suas implicações históricas) e da mesma forma as profecias!
“Põe-te marcos, finca postes que te guiem, presta atenção na vereda, no caminho por onde passaste; regressa, ó virgem de Israel, regressa às tuas cidades.” (Jeremias 31:21)
Nós, hoje, não temos juntos nem memória nem esperança. Isso é muito deprimente!
Talvez seja por isso que muitos frequentam os estádios de futebol.
PARA REFLETIR:
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” (Hebreus 12:1-3)
Observação: a “nuvem de testemunhas” são os grandes heróis da fé da história de Israel listados no capítulo 11 da mesma Carta aos Hebreus.
Quem me inspirou essas idéias que vou esboçar aqui (como tantas outras) foi o Venâncio, meu grande amigo e “comentarista” assíduo de nosso Blog.
Talvez o fator que mais contribua para a depressão individual seja a alienação da pessoa de seu contexto histórico e a consequente não consciência do mesmo de qual é o seu lugar na sociedade.
Uma amiga minha após ler algo em um livro de filosofia, certa noite encontrou o irmão dela no corredor da casa deles e perguntou ao rapaz que estava com um sanduíche na mão: “Quem é você? De onde você vem? Para onde você vai?”, ao que ele respondeu meio espantado “Eu sou o seu irmão Zé, venho da cozinha e vou para a sala ver TV”.
O assunto em pauta exige maior profundidade.
Um dos pontos mais característicos dos nossos dias, principalmente no ocidente, é a individualidade. Desprezamos nosso passado e não nos incluímos nos planos coletivos.
O povo judeu, nos tempos bíblicos e acho que hoje ainda é assim, prezava suas genealogias (incluindo suas implicações históricas) e da mesma forma as profecias!
“Põe-te marcos, finca postes que te guiem, presta atenção na vereda, no caminho por onde passaste; regressa, ó virgem de Israel, regressa às tuas cidades.” (Jeremias 31:21)
Nós, hoje, não temos juntos nem memória nem esperança. Isso é muito deprimente!
Talvez seja por isso que muitos frequentam os estádios de futebol.
PARA REFLETIR:
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” (Hebreus 12:1-3)
Observação: a “nuvem de testemunhas” são os grandes heróis da fé da história de Israel listados no capítulo 11 da mesma Carta aos Hebreus.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
DEPRESSÃO
Nós estávamos, todos bem arrumadinhos, “embrulhados para presente”, nos dirigindo à chácara onde eu ia celebrar um casamento. Era de tarde. Havia chovido pela manhã e a estrada de terra estava uma lameira só. A certa altura nos deparamos com uma descida bem íngreme, no fim da mesma um atoleiro e depois uma subida também ingreme que terminava em uma árvore plantada à margem da estrada. Minha mulher, a Denise, era quem estava dirigindo nosso carro.
Um amigo que nos acompanhava deu algumas dicas: “Desce sem parar, principalmente na lama acumulada ali naquela depressão, e continua sem parar pelo menos até chegar àquela árvore. Se parar por qualquer motivo na lama, não acelere, não tente sair sozinha pois vai atolar mais ainda. Precisa ter ajuda para sair, algo que possa rebocar o carro”. Apesar de uma ou outra pequena deslizada de lado, a Denise levou direitinho o carro até onde estava a árvore.
Depressão, em termos de topografia, é uma extensão de terreno abaixo do nível do solo que está em volta. Por exemplo, os vales dos rios são depressões do terreno. O trecho que naquele dia superamos era uma pequena depressão.
Depressão também é um abatimento físico, emocional ou moral. E às vezes espiritual.
Esse mal, que já foi chamado de “doença do século”, pode ser descrito como o momento em que a pessoa por algum motivo tem sua vida descendo em um declive, chega na depressão, por alguma inabilidade pára no “atoleiro” (onde muitos detritos se acumulam), tenta sair por esforço próprio, afunda mais ainda, de onde só sairá com ajuda (o reboque).
O próprio Senhor Jesus nos alertou que no mundo teremos aflições, as depressões, que podem nos levar a atolar. O antídoto para isso é a ESPERANÇA (a árvore lá adiante).
“Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,” (Colossenses 1:5)
“Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.” (Colossenses 1:23)
“Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;” (Colossenses 1:27)
PARA REFLETIR:
“Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;” (1 Ts 5:8)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
CHAMADOS
Foi em um acampamento lá em uma fazenda, localizada em Minas Gerais, que eu comecei a pensar seriamente em trabalhar servindo a Deus em tempo integral. Foi o exemplo de alguns homens, na maioria jovens, que se dedicavam totalmente a servir como missionários, que me inspirou a tal. Mas um testemunho que ouvi em particular lá, me impressionou mais do que todos.
Vou chamá-lo de Paulo. Foi o próprio Paulo quem me contou. Esse homem, de uns 45 anos, casado e com 2 filhos, trabalhava como vendedor, e ganhava um bom dinheiro. Na sua Igreja ele ajudava na medida do possível. Certa noite ele acordou ouvindo Deus, de alguma forma lhe dizendo para entrar no trabalho missionário em tempo integral. Assustado, ele acordou a esposa, que afirmou não ter ouvido nada e o convenceu que provavelmente fora um sonho. Com isso ele voltou a dormir.
No dia seguinte, já a caminho do trabalho, o Paulo ouviu a mesma coisa. Assustado ele orou, de olhos fechados e silenciosamente, pediu que Deus confirmasse pela boca do pastor da sua Igreja tal ordem. Quando abriu os olhos e se vira, quem ele viu? O pastor vindo na sua direção. Quando começam a conversar, o pastor ouve a mesma voz e confirma a mensagem. O Paulo deixou de ser vendedor e passou a ser um missionário. Voltei para casa decidido a me dedicar totalmente ao serviço para Deus.
Só que havia um problema: eu estava desempregado e não queria, de forma alguma, levar para sempre o pensamento de que só fui trabalhar para Deus por falta de opção.
Dentre os recados que minha mãe tinha anotado para mim enquanto estava na fazenda, havia um de uma grande amiga minha. Essa amiga era jornalista e tinha uma firma especializada em produzir jornais internos de clubes e firmas. O recado era para eu ligar para ela.
Resumindo, ela tinha um emprego para mim como redator, um ótimo primeiro passo na carreira de jornalista, que era meu sonho. Eu poderia até trabalhar em casa, na minha própria máquina de escrever (é, não existia computador ainda). Como essa minha amiga não era cristã, não entendeu muito as minhas razões para recusar o convite. Mas, alegremente eu recusei e naquele dia eu passei a ser um missionário.
PARA REFLETIR:
“E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9:37-38)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
AMOR PERFEITO
Um amigo meu declarou que ama tanto a sua namorada que a única coisa que ele quer é a felicidade dela, e que se descobrisse que namorá-la e casar com ela não é da vontade de Deus, consciente de que essa união não a faria feliz, ele terminaria tal relacionamento. Por amor a Deus e a ela. Eu creio na sinceridade desse meu amigo e irmão. Não me canso de afirmar: amar é atitude e ação. É se colocar no lugar do outro para descobrir e satisfazer as necessidades lícitas da pessoa amada.
Agora, reflita nesses versículos a seguir:
1 João 3:14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.
1 João 4:19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
1 João 5:2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos.
Sempre que eu me coloco diante de Deus me vem à mente a minha indignidade devida aos meus pecados. E muitas vezes devida a algum pecado recorrente, aí é pior ainda.
Deus nos ama com um amor constante e leal, incondicional e ilimitado! Não mereço isso!! Imagino a cena, muito comum por sinal, de eu pecar, abaixar minha cabeça, me fechar dentro do meu próprio coração, e ouvir Deus, que quer eliminar a distância que coloquei entre nós, e “gritando”: “Ei, Xyko, Eu amo você. Vem cá. Eu o perdôo. Vem cá, vai, esquece isso”. É de arrepiar, não é.
PARA REFLETIR:
“Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.” (1 João 3:16 NTLH)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
TEM HORAS QUE NÃO SEI O QUE FALAR
Isso tudo aconteceu já faz algum tempo.
Ele se chamava Pedro, tinha 58 anos, era empreiteiro de obras e naquela ocasião estava construindo um edifício de 6 andares, o primeiro de uma pequena cidade do interior.
Certo dia ele pegou uma carriola, encheu de cimento, entrou em um daqueles elevadores de construções e subiu. Quando chegou ao sexto andar, o cabo de aço que sustentava todo aquele peso não resistiu e rebentou. Aquele homem caiu de pé.
Quando fui visitá-lo ali no HC-UNICAMP pela primeira vez ele estava com os dois pés engessados, já havia sofrido algumas cirurgias e estava aguardando uma palavra dos médicos que estavam estudando o seu caso.
Ficamos amigos, eu o evangelizei e ele se converteu.
O Pedro teve ainda que fazer mais algumas cirurgias, não me lembro de quantas foram. Quase todo dia conversávamos, líamos a Bíblia e orávamos. Era muito gostosa a nossa convivência. Fizemos isso por uns 2 ou 3 meses, até que saiu o resultado conclusivo dos médicos: os ossos dos seus pés ficaram tão quebrados que não havia mais jeito, o meu amigo e irmão Pedro nunca mais iria andar.
Eu estava junto quando os médicos lhe disseram isso, e fiquei com ele depois que eles se foram. O Pedro chorou muito e por muito tempo.
Depois que se acalmou ele me falou: “O pior ainda não lhe contei, pastor; eu não me casei, apesar de ter tido ótimas oportunidades, para poder cuidar do meu pai que é deficiente físico e só anda numa cadeira de rodas. Em casa só moramos ele e eu, pois minha mãe já morreu e não tenho nenhum irmão. Quem vai cuidar dele? E de mim? Somos só nós dois”.
Eu fiquei calado.
Ele continuou: “Mas não se preocupe, pastor, eu sei porque tudo isso aconteceu. Foi para eu me converter. Se o senhor tivesse ido lá na obra, ou na minha casa falar do amor de Jesus, eu com certeza não o receberia. Então Deus me trouxe aqui. Valeu a pena. E assim como Deus foi poderoso para me trazer aqui, Ele também o é para cuidar de mim e do meu pai”.
Eu continuei calado. Só que agora estava chorando.
No dia seguinte o Pedro teve alta, não deu para nos despedir e desde então não tenho mais notícias dele.
Quase sempre pensamos que devemos ter uma palavra ou uma resposta para tudo. E muitas e muitas vezes não as temos.
PARA REFLETIR:
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11:33)
Ele se chamava Pedro, tinha 58 anos, era empreiteiro de obras e naquela ocasião estava construindo um edifício de 6 andares, o primeiro de uma pequena cidade do interior.
Certo dia ele pegou uma carriola, encheu de cimento, entrou em um daqueles elevadores de construções e subiu. Quando chegou ao sexto andar, o cabo de aço que sustentava todo aquele peso não resistiu e rebentou. Aquele homem caiu de pé.
Quando fui visitá-lo ali no HC-UNICAMP pela primeira vez ele estava com os dois pés engessados, já havia sofrido algumas cirurgias e estava aguardando uma palavra dos médicos que estavam estudando o seu caso.
Ficamos amigos, eu o evangelizei e ele se converteu.
O Pedro teve ainda que fazer mais algumas cirurgias, não me lembro de quantas foram. Quase todo dia conversávamos, líamos a Bíblia e orávamos. Era muito gostosa a nossa convivência. Fizemos isso por uns 2 ou 3 meses, até que saiu o resultado conclusivo dos médicos: os ossos dos seus pés ficaram tão quebrados que não havia mais jeito, o meu amigo e irmão Pedro nunca mais iria andar.
Eu estava junto quando os médicos lhe disseram isso, e fiquei com ele depois que eles se foram. O Pedro chorou muito e por muito tempo.
Depois que se acalmou ele me falou: “O pior ainda não lhe contei, pastor; eu não me casei, apesar de ter tido ótimas oportunidades, para poder cuidar do meu pai que é deficiente físico e só anda numa cadeira de rodas. Em casa só moramos ele e eu, pois minha mãe já morreu e não tenho nenhum irmão. Quem vai cuidar dele? E de mim? Somos só nós dois”.
Eu fiquei calado.
Ele continuou: “Mas não se preocupe, pastor, eu sei porque tudo isso aconteceu. Foi para eu me converter. Se o senhor tivesse ido lá na obra, ou na minha casa falar do amor de Jesus, eu com certeza não o receberia. Então Deus me trouxe aqui. Valeu a pena. E assim como Deus foi poderoso para me trazer aqui, Ele também o é para cuidar de mim e do meu pai”.
Eu continuei calado. Só que agora estava chorando.
No dia seguinte o Pedro teve alta, não deu para nos despedir e desde então não tenho mais notícias dele.
Quase sempre pensamos que devemos ter uma palavra ou uma resposta para tudo. E muitas e muitas vezes não as temos.
PARA REFLETIR:
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11:33)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
É COMO SE EU FOSSE UM ASTRONAUTA
Eu vivo em 3 mundos bem diferentes uns dos outros. Eu fico todas as manhãs, de segunda a sexta-feira, na minha Igreja. Lá tenho uma sala com muito conforto e modernidade. Mas o que há de mais agradável ali é a natureza. Nos fundos do nosso terreno há uma mata tombada pelo CONDEPACC, órgão governamental responsável pela preservação do meio ambiente. Por causa da proximidade dessa mata temos por lá aranhas enormes, lagartos, sapos, garças, gaviões, sanhaços e uma infinidade de outras aves. Já vi até tucanos ali, sem contar as capivaras. E o silêncio, então! É maravilhoso! Eu gosto dali. Mas gosto mesmo.
Mas, por mais que eu goste, aquele não é o meu mundo.
Todas as tardes vou para o Hospital das Clínicas da UNICAMP. Conforme vou entrando, vejo pessoas em macas, cadeiras de rodas, andadores, muletas, com gesso, fixadores, curativos, sem membros, defeituosos. Velhos, adultos e crianças. Há ali muito sofrimento, dor e morte. Eu amo estar ali para servir àquele povo!
Mas, por mais que eu goste, aquele não é o meu mundo.
Às vezes eu saio do HC e vou direto para um Shopping. Um ambiente limpo, seguro, bonito, todos passeando, se divertindo, arrumados, cheirosos, consumindo. Geralmente os homens não gostam de shoppings. Eu gosto.
Mas, por mais que eu goste, aquele não é o meu mundo.
Quando Jesus Cristo orou por nós, a certa altura ele orou assim: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.” (João 17:15-16)
Se eu não sou de nenhum desses “mundos” desse mundo, de onde sou?
“Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai se encontrar com o noivo. Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: —Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão os povos dele. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram. Aquele que estava sentado no trono disse: —Agora faço novas todas as coisas! E também me disse: —Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e merecem confiança.” (Apocalipse 21:1-5 NTLH)
PARA REFLETIR:
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1 João 2:15-17)
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O DIA EM QUE O GRANDÃO FICOU IGUAL AO MEIOFORTE
O campo era de terra batida. Todo sábado à tarde e domingo pela manhã um time de futebol de adultos disputava ali suas partidas do campeonato de várzea da cidade. Havia ali uma edícula, feita de madeira, onde na frente funcionava um boteco e nos fundos duas salas serviam de vestiário. Nos outros horários quem usava o espaço era a molecada do bairro.
Certo dia esses meninos resolveram fundar um time de futebol. Quem vendeu a idéia foi o Gordo, que falou com o Grandão. Grandão era o mais forte da turma, o que melhor jogava futebol e o de família mais pobre, e o Gordo era o oposto. Na conversa entre os dois, o Gordo disse que seu pai estava disposto a dar o jogo de camisas, com uma única condição: que o Alfredo (esse era o nome do Gordo) fosse o lateral direito do time. Como o Grandão era o líder natural da turma, ele conversou com os meninos e eles toparam.
Então eles se reuniram na cobertura debaixo da qual aos fins-de-semana eram servidas as cervejas e as pingas. Aquela reunião era para decidirem o nome da nova agremiação futebolística. Grandão tomou a palavra e declarou:
- Eu proponho o nome de Liberdade Futebol Clube. Todos concordam?
- Eu não concordo, e quero propor outro nome.
Quem falou isso foi o Meioforte, o garoto que tentava disputar a liderança do grupo. Isso aumentou mais o ódio que o Grandão tinha por ele.
- E que nome você propõe? Falou o Grandão entre dentes.
- Sofia Futebol Clube.
Quando ele falou isso ficou ali um silêncio que só era cortado por um Bem-te-vi que estava pousado em uma árvore ali perto. É que Sofia era o nome da ex-namorada do Grandão e que agora namorava o Meioforte.
- E digo mais, falou ele, não só proponho esse outro nome como quero deixar bem claro que a maioria de vocês é mais fraca do que eu e se não votarem na minha proposta eu bato em cada um de vocês.
O Grandão, na hora, pulou e gritou:
- Espera aí. Você não pode fazer isso.
- Por que não?
- Porque cada um tem o direito de pensar do jeito que quiser.
- Eu não concordo.
- Então você vai ver.
Em seguida o Grandão derrubou o Meioforte no chão e começou a bater nele. Enquanto batia ele gritava: “Isso é para você aprender a respeitar a opinião dos outros”.
PARA REFLETIR:
“Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12:1-2 NTLH)
terça-feira, 20 de outubro de 2009
SOZINHO COM DEUS
Você já foi a algum acampamento bíblico, seja de jovens, casais ou de famílias? Nesse fim-de-semana que passou, a Denise e eu trabalhamos em um com os pré-adolescentes da nossa Igreja. Foi fantástico! A molecada aprendeu muito sobre Deus e sobre a Bíblia, brincou, nadou, jogou, enfim, eles aproveitaram muito bem o tempo. E de um retiro espiritual, você já participou de algum? O retiro é diferente do acampamento. Em um acampamento há lazer e sociabilidade (coisas bem valorosas, por sinal), já no retiro busca-se um encontro de comunhão com Deus. Há retiros onde se observa um silêncio absoluto, outros nem tanto, em alguns há palestras, outros só uma orientação para a meditação, mas todos reservam um tempo para a pessoa ficar a sós com Deus.
“Logo a seguir, compeliu Jesus os seus discípulos a embarcar e passar adiante para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. Ao cair da tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra.” (Marcos 6:45-47)
Ficar a sós com Deus, são poucos os que priorizam isso. Por que será?
Com isso corremos o risco de, na nossa evangelização, estarmos convidando as pessoas apenas a frequentar a Igreja, e não a ter um relacionamento com Deus. Pregamos a “instituição” (que, embora seja idéia de Deus, é uma ferramenta apenas) em vez de falarmos da existência de Deus, que quer se relacionar amorosamente com cada um de nós.
A adoração coletiva tem que ser um prolongamento da adoração pessoal e particular.
Mas não podemos pregar algo que não experimentamos. E depois de experimentar, não conseguimos parar de pregar. Esses encontros são a maior fonte de prazer que um ser humano pode experimentar. Tem sido assim para mim.
PARA REFLETIR:
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
MEDO
Enquanto vinha aqui para o escritório eu meditava se tenho algum medo. É que eu tenho uma sobrinha que há algum tempo foi assaltada; na saída de uma reunião de estudo bíblico, à noite, alguns homens lhe apontaram uma arma e levaram o seu carro. Na hora, graças a Deus, ela manteve a calma, mas isso a desestabilizou um pouco.
Logo que cheguei aqui, um amigo me pediu orações pelo filho e família que tiveram sua casa assaltada onde os ladrões também estavam armados. Eles também estão traumatizados.
Medo da violência todos temos, em maior ou menor intensidade, mas o fato é que isso já se generalizou. Porém existem muitos outros medos: de altura, de bichos, do escuro, de perder algo ou alguém, de não ser aceito, de falhar, de passar vergonha, de morrer e, em alguns casos, até de viver. Essa lista não é exaustiva.
Todavia, a fobia que mais me espanta é a de amar! É claro que quando nos lançamos à grande aventura de amar alguém, seja o amor maternal, paternal, filial, espiritual, social, romântico, enfim, qualquer tipo de amor, quando nos lançamos a ele, corremos alguns riscos. Mas se é o verdadeiro amor, o amor que não espera nada em troca, que se dá totalmente, isso não é importante.
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 João 4:18)
Há um medo natural. Por exemplo, se ao caminhar a pé uma pessoa virar em uma esquina e der de frente com um leão vivo e solto, instintivamente vai ter medo. Isso é bom e útil. Mas eu estou me referindo ao medo egoísta, medo de se entregar.
Veja esse versículo: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria.” (Colossenses 3:5) Repare que Paulo listou a “avareza” entre as práticas idólatras de cunho sexual! É que podemos ser avarentos até numa relação sexual, querendo somente obter satisfação própria e não dar prazer ao outro. Isso não é amar, é usar o outro, é roubo.
Agora, quem ama não tem medo.
PARA REFLETIR:
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração;” (1 João 3:14-19)
Logo que cheguei aqui, um amigo me pediu orações pelo filho e família que tiveram sua casa assaltada onde os ladrões também estavam armados. Eles também estão traumatizados.
Medo da violência todos temos, em maior ou menor intensidade, mas o fato é que isso já se generalizou. Porém existem muitos outros medos: de altura, de bichos, do escuro, de perder algo ou alguém, de não ser aceito, de falhar, de passar vergonha, de morrer e, em alguns casos, até de viver. Essa lista não é exaustiva.
Todavia, a fobia que mais me espanta é a de amar! É claro que quando nos lançamos à grande aventura de amar alguém, seja o amor maternal, paternal, filial, espiritual, social, romântico, enfim, qualquer tipo de amor, quando nos lançamos a ele, corremos alguns riscos. Mas se é o verdadeiro amor, o amor que não espera nada em troca, que se dá totalmente, isso não é importante.
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 João 4:18)
Há um medo natural. Por exemplo, se ao caminhar a pé uma pessoa virar em uma esquina e der de frente com um leão vivo e solto, instintivamente vai ter medo. Isso é bom e útil. Mas eu estou me referindo ao medo egoísta, medo de se entregar.
Veja esse versículo: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria.” (Colossenses 3:5) Repare que Paulo listou a “avareza” entre as práticas idólatras de cunho sexual! É que podemos ser avarentos até numa relação sexual, querendo somente obter satisfação própria e não dar prazer ao outro. Isso não é amar, é usar o outro, é roubo.
Agora, quem ama não tem medo.
PARA REFLETIR:
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração;” (1 João 3:14-19)
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
BEM NO FUNDO DO CORAÇÃO
Deus está sempre diante de nós, mas nem sempre estamos diante d'Ele! Quando eu era estudante, muitas vezes aproveitava meus períodos de férias para fazer algum curso. Fiz, por exemplo, um que ensinava muitas dinâmicas de grupos e como aplicá-las. Isso me foi muito útil no meu trabalho como professor da Escola Bíblica Dominical. O que me inspirava a aproveitar meu tempo assim foi o seguinte.
Acho que a maioria de nós conhece o seguinte versículo: “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1 Samuel 16:7) Após rejeitar os impressionantes irmãos de Davi, o própria Deus olhou para o coração daquele pequeno pastor de ovelhas e o escolheu para ser rei do povo judeu. E o que será que Deus viu naquele coração?
Gosto de imaginar Davi sozinho no campo cuidando do rebanho de ovelhas da sua família. Durante o dia, enquanto os animais pastavam, aquele moço ruivo devia ficar treinando sua pontaria com a funda. E isso foi fundamental na vitória que Davi teve no seu confronto com o gigante Golias, o enorme guerreiro filisteu.
Durante a noite, enquanto os animais descansavam, imagino também Davi pegando sua harpa, sentando-se diante da fogueira, e louvando a Deus. E isso foi fundamental para desenvolver nele uma habilidade artística que lhe permitiu compor lindos Salmos.
Mas será que foi esse preparo que Deus viu no coração daquele humilde rapaz filho de Jessé que fez com que ele fosse usado de forma tão maravilhosa?
Creio que foi bem mais do que uma pessoa habilitada.
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17)
Creio que Deus viu um coração triste pela situação espiritual própria e dos que o cercavam, e que estava cheio de arrependimento, isto é, houve uma mudança na mente de Davi. Davi estava “quebrado” por dentro. Acredito que é um coração assim que Deus pode moldar e fazê-lo segundo o coração do próprio Deus.
“E, tendo tirado a este (Saul), levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (Atos 13:22)
PARA REFLETIR:
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Marcos 12:30)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
FILHOS NOS TRILHOS
Ela foi uma das voluntárias mais valorosas das que trabalharam comigo ali no hospital. Nossa amizade vem desde os tempos em que éramos jovens. Em uma determinada tarde, logo depois de me cumprimentar friamente, ela disse que estava muito brava comigo. E começou a chorar. Estava assim porque achava que tinha sido eu que tivesse convidado um casal da Igreja dela a se mudar para a Igreja que frequento. Não tinha sido eu (nunca convidei ninguém de outra Igreja cristã a vir para a minha Igreja), e além do mais eu nem sabia que eles estavam saindo de lá. Mas o problema dela ainda era outro. A Igreja da qual ela participava, era bem pequena. O grupo de adolescentes tinha somente 6 participantes: dois dessa minha amiga, dois do casal que estava saindo e mais outros dois. A preocupação da minha amiga era que, sem grupo de adolescentes, os filhos dela iam fazer amizades fora da Igreja e com isso podiam se afastar de Deus.
- E quando eles forem para a faculdade, onde as idéias contra o cristianismo prevalecem, como é o caso da UNICAMP? Eu perguntei depois que a fiz se acalmar.
Depois expliquei que é a educação em casa, e não tanto as atividades da Igreja, que pode desviar os jovens do mau caminho:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
Esse versículo não promete que os filhos viverão sempre no bom caminho, pois a palavra “desviará” seria melhor traduzida para “esquecerá”, no sentido de que seja qual for a direção que o jovem der à sua vida, sempre vai ter em mente o que aprendeu sobre andar com Deus.
Mais tarde, o marido da minha amiga foi transferido para uma outra cidade, onde foram morar. O filho dela foi bem instruído, cresceu, entrou numa faculdade aqui da UNICAMP, mudou para uma república daqui, está firme com Deus, e frequenta a minha Igreja.
PARA REFLETIR:
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A VIDA NA NATUREZA MORTA
Eu gostei muito de um documentário que assisti na “Animal Planet” o qual mostra a aranha armadeira que vive nas dunas do deserto da Namíbia. Essa aranha durante a noite caça normalmente, pois a temperatura nesse período do dia é amena. Mas, quando o sol eleva em muito o calor na areia do deserto, ela cava um buraco, se mete dentro, faz uma camuflagem misturando grãos de areia com sua teia, tampa com isso a entrada da toca e fica lá, fresquinha.
Seu predador natural é uma vespa que encontra o esconderijo da armadeira pelo olfato. Quando acha, cava, ataca a aranha, dá-lhe uma picada que não é mortal mas sim paralisante. Volta a enterrar a aranha ainda viva mas totalmente paralisada, para devorá-la numa outra ocasião. Se a vespa matasse aquele aracnídeo, ele se deterioraria muito rápido com o calor.
Alguém me contou depois que ela deposita no corpo inerte da aranha seus ovos e, quando os mesmos eclodem, as larvas teem ali o seu primeiro alimento garantido.
A aranha tem uma escapatória: se ela cavou seu esconderijo no alto de uma duna, o que nem sempre é possível, ao ser atacada ela se fecha tornando-se uma pequena bola que rola até embaixo. Isso lhe dá, muitas vezes, a chance de se despistar do seu inimigo natural
Estou contando isso porque sempre que vejo a natureza eu “leio” a grande mensagem de Deus ali deixada, a saber, para que haja vida é necessário que haja morte. Até as árvores se alimentam dos nutrientes em que se transformaram as folhas mortas.
Essa lei também é válida no plano espiritual!
“Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem, Jesus Cristo, morreu por todos, o que quer dizer que todos tomam parte na sua morte. Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles.” (2 Coríntios 5:14-15 NTLH)
PARA REFLETIR:
“Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho. E, agora que somos amigos de Deus, é mais certo ainda que seremos salvos pela vida de Cristo.” (Romanos 5:10 NTLH)
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.” (1 João 3:14)
Seu predador natural é uma vespa que encontra o esconderijo da armadeira pelo olfato. Quando acha, cava, ataca a aranha, dá-lhe uma picada que não é mortal mas sim paralisante. Volta a enterrar a aranha ainda viva mas totalmente paralisada, para devorá-la numa outra ocasião. Se a vespa matasse aquele aracnídeo, ele se deterioraria muito rápido com o calor.
Alguém me contou depois que ela deposita no corpo inerte da aranha seus ovos e, quando os mesmos eclodem, as larvas teem ali o seu primeiro alimento garantido.
A aranha tem uma escapatória: se ela cavou seu esconderijo no alto de uma duna, o que nem sempre é possível, ao ser atacada ela se fecha tornando-se uma pequena bola que rola até embaixo. Isso lhe dá, muitas vezes, a chance de se despistar do seu inimigo natural
Estou contando isso porque sempre que vejo a natureza eu “leio” a grande mensagem de Deus ali deixada, a saber, para que haja vida é necessário que haja morte. Até as árvores se alimentam dos nutrientes em que se transformaram as folhas mortas.
Essa lei também é válida no plano espiritual!
“Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem, Jesus Cristo, morreu por todos, o que quer dizer que todos tomam parte na sua morte. Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles.” (2 Coríntios 5:14-15 NTLH)
PARA REFLETIR:
“Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho. E, agora que somos amigos de Deus, é mais certo ainda que seremos salvos pela vida de Cristo.” (Romanos 5:10 NTLH)
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.” (1 João 3:14)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
O BANCO CAIPIRA
O banquinho que há na casa do caipira tem somente três pernas. E o motivo disso é simples: usando tal banco não há necessidade de se nivelar o chão de terra batida comum bem no interior do nosso país. Com quatro pernas e o chão desnivelado, o banco pode ficar bambeando, meio desequilibrado. Três pontos de apoio garantem o equilíbrio.
A espiritualidade equilibrada apóia-se em três pontos: fé, amor e esperança.
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13:13)
A fé é a convicção de que é verdadeira a revelação do plano de salvação desenvolvido por Deus, em Jesus Cristo, pelo qual o ser humano pode ter um relacionamento com o próprio Deus.
Amor é a boa vontade e a benevolência incondicional para com o próximo.
E esperança é alegria motivadora e a expectativa confiante de que na eternidade, uma vez salvos pelo sacrifício vicário de Cristo, estaremos na presença de Deus.
Na eternidade só teremos o amor, pois a fé e a esperança não mais serão necessárias.
Meu grande amigo Venâncio me ensinou outro dia a relação entre fé, esperança e amor com o passado, o presente e o futuro. Temos fé em algo que no passado foi revelado, e baseados nisso vivenciamos no presente o amor (melhor ainda, amamos no gerúndio, que em inglês é presente contínuo, amando), com a esperança de que no futuro tudo há de se completar.
Podemos também pensar assim: temos fé em Deus, o Pai, vivemos o amor pelo Deus, o Espírito, e temos esperança na vinda de Deus, o Filho.
Você tem fé? E amor? E esperança? Sua espiritualidade é equilibrada?
PARA REFLETIR:
“Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho.” (Colossenses 1:3-5)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
A CRIANÇA E O FARISEU
Hoje cedo, no Tempo Devocional que a Denise e eu fazemos, nós lemos no livro “Meditações para Maltrapilhos”, de Brennan Manning, um texto muito interessante. Em poucas palavras o autor personaliza a autenticidade com uma criança e a hipocrisia com um fariseu.
Meditando sobre isso, conclui que todos temos os nossos momentos “criança” assim como momentos “farisaicos”. Para algumas pessoas, a autenticidade é predominante, já para outras, o mais forte é o lado da hipocrisia.
Muito embora desde recém-nascida a criança já saiba mentir devido à sua natureza pecaminosa, via de regra ela ainda não aprendeu a difícil “arte” de dissimular hipocritamente suas emoções.
Mas não confunda autenticidade com grosseria. Há pessoas que falam o que pensam e de qualquer jeito, sem se importar com o fato de que podem magoar e machucar os outros. Isso é falta de educação. E não adianta alegar “É que eu sou assim mesmo”, pois então está na hora de mudar.
O que estou querendo dizer é que podemos e devemos ter uma transparência emocional educada. Como bem disse Brennan Manning, nesses momentos a criança tem vitória sobre o fariseu.
PARA REFLETIR:
“Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” (Marcos 10:15)
“Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele.” (Lucas 2:52 NTLH)
Meditando sobre isso, conclui que todos temos os nossos momentos “criança” assim como momentos “farisaicos”. Para algumas pessoas, a autenticidade é predominante, já para outras, o mais forte é o lado da hipocrisia.
Muito embora desde recém-nascida a criança já saiba mentir devido à sua natureza pecaminosa, via de regra ela ainda não aprendeu a difícil “arte” de dissimular hipocritamente suas emoções.
Mas não confunda autenticidade com grosseria. Há pessoas que falam o que pensam e de qualquer jeito, sem se importar com o fato de que podem magoar e machucar os outros. Isso é falta de educação. E não adianta alegar “É que eu sou assim mesmo”, pois então está na hora de mudar.
O que estou querendo dizer é que podemos e devemos ter uma transparência emocional educada. Como bem disse Brennan Manning, nesses momentos a criança tem vitória sobre o fariseu.
PARA REFLETIR:
“Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” (Marcos 10:15)
“Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele.” (Lucas 2:52 NTLH)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
PORTO NÃO TÃO SEGURO
Muitas escolas, ou alunos formandos, nessa época do ano realizam uma viajem para Porto Seguro como comemoração de formatura. A impressão que eu tenho é que essa cidade ao sul da Bahia se especializou nesse tipo de turismo. Todos nós sabemos o que pode acontecer ali: bebedeiras, sexo e drogas. Por essa razão muitos pais ficam desesperados por não saberem se deixam ir ou não. Já outros até incentivam os filhos a irem e se “divertirem em tudo o que têm direito”. E, pode parecer incrível, mas muitos desses jovens estão torcendo para que os pais digam NÃO!
Se os pais deixam ir sabem os riscos envolvidos, e se não o deixam, pode soar como falta de confiança e possessão emocional indevida.
Conversar e orientar ajuda? Outro dia, numa aula que eu estava dando na classe da Escola Bíblica Dominical da minha Igreja estávamos conversando sobre o caráter de Deus. Falávamos de Balaão que foi até a presença do rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mesmo sabendo que não era da vontade de Deus. Bem, pelo menos é assim que acredito, mas há pessoas que pensam que Deus nunca permitiria fazermos algo contra Sua Soberana vontade só para aprendermos “quebrando a cara”. Explicando melhor esse outro ponto de vista, eu perguntei às pessoas que assistiam a aula se algum pai ou mãe deixaria o filho pequeno (que não pára de perguntar se pode) enfiar uma tesoura na tomada de energia elétrica, só para aprender que é perigoso. Nesse ponto uma pessoa comentou com bom humor: “Eles vão enfiar a tesoura de qualquer jeito”.
Mas e daí? Deve-se deixar ou não?
Note-se que a permissividade irrestrita preconizada por uma psicologia errada, nada mais é do que abandono. E o tolhimento total atrofia o desenvolvimento saudável do jovem. O meio-termo ideal é a liberdade com limites bem especificados. Isso traz segurança no amadurecer.
Isso aconteceu na França. Em uma determinada escola, cujo prédio ficava no centro de um terreno gramado, no período de férias, a direção da mesma resolveu tirar as telas que serviam como proteção em volta. Quando as crianças voltaram às aulas, para surpresa de todos, ou não saiam do prédio ou brincavam o mais próximo possível do mesmo. Colocadas as telas de volta, elas voltaram a brincar por todo o gramado. Os limites trazem segurança.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) A palavra “desviará” é melhor traduzida por “esquecerá”.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12)
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Coríntios 10:23)
Se os pais deixam ir sabem os riscos envolvidos, e se não o deixam, pode soar como falta de confiança e possessão emocional indevida.
Conversar e orientar ajuda? Outro dia, numa aula que eu estava dando na classe da Escola Bíblica Dominical da minha Igreja estávamos conversando sobre o caráter de Deus. Falávamos de Balaão que foi até a presença do rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mesmo sabendo que não era da vontade de Deus. Bem, pelo menos é assim que acredito, mas há pessoas que pensam que Deus nunca permitiria fazermos algo contra Sua Soberana vontade só para aprendermos “quebrando a cara”. Explicando melhor esse outro ponto de vista, eu perguntei às pessoas que assistiam a aula se algum pai ou mãe deixaria o filho pequeno (que não pára de perguntar se pode) enfiar uma tesoura na tomada de energia elétrica, só para aprender que é perigoso. Nesse ponto uma pessoa comentou com bom humor: “Eles vão enfiar a tesoura de qualquer jeito”.
Mas e daí? Deve-se deixar ou não?
Note-se que a permissividade irrestrita preconizada por uma psicologia errada, nada mais é do que abandono. E o tolhimento total atrofia o desenvolvimento saudável do jovem. O meio-termo ideal é a liberdade com limites bem especificados. Isso traz segurança no amadurecer.
Isso aconteceu na França. Em uma determinada escola, cujo prédio ficava no centro de um terreno gramado, no período de férias, a direção da mesma resolveu tirar as telas que serviam como proteção em volta. Quando as crianças voltaram às aulas, para surpresa de todos, ou não saiam do prédio ou brincavam o mais próximo possível do mesmo. Colocadas as telas de volta, elas voltaram a brincar por todo o gramado. Os limites trazem segurança.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) A palavra “desviará” é melhor traduzida por “esquecerá”.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12)
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Coríntios 10:23)
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
É BOM FICAR TRISTE DE VEZ EM QUANDO
Duas coisas têm me deixado pensativo. A primeira é o encontro, ou visita que fiz lá no hospital a uma menina de uns 4 ou 5 anos que sobreviveu à gripe suína. Ela se chama Viviane. A Vivi ficou quase dois meses na UTI. O trauma que ficou faz com que ela só fale, responda, chore ou ria, enfim, se comunique apenas com a mãe. Ela é linda. Eu fico me perguntando a razão de ela passar por isso.
A outra coisa que tenho pensado é que falei para uma senhora que “passar por tristezas é bom”. Acontece que essa mulher de 47 anos está com o marido (que deve ter 55 ou 56 anos) na UTI, entubado e se recuperando de uma grande cirurgia. Ele tem câncer.
Leia o título desse artigo. Eu acredito nisso.
A coisa funciona assim: a pessoa passa por aflições, e se ela souber administrar bem essa crise, com certeza pode adquirir uma estabilidade que a faz continuar firme. Essa é uma característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua fé mesmo diante das maiores provações e sofrimentos. Essa estabilidade gera uma gostosa convicção de termos sido aprovados em mais um teste. Todo esse processo nos prepara para a eternidade. Não podemos perder de vista que tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer, seja nos momentos de alegria ou de tristeza, tem repercussão lá no céu.
PARA REEFLETIR:
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” (Mateus 5:4)
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.” (2 Coríntios 1:3-4)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
TESTEMUNHANDO
Não aprecio quando são promovidos testemunhos de pessoas que quando se converteram deixaram uma vida de pecados como os de ordem sexual, vício em drogas, prostituição, bandidagem e outros mais. Concordo que é uma maravilha saber que Deus tem poder para mudar radicalmente a vida de uma pessoa mas, como aconteceu comigo pode acontecer com outras pessoas, isto é, a mudança social que ocorreu na minha conversão foi muito sutil.
Acredito que mais importante para se destacar de todo o processo de meu encontro com Deus é que eu o estava buscando. O primeiro versículo que me impactou nisso foi o seguinte: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (João 15:15) Mas eu não queria SÓ mais um amigo. Eu queria Deus.
Aí me caiu nas mãos um estudo bíblico sobre as profecias a respeito do Messias e o seu cumprimento em Jesus. Foi fantástico. Ao fim do estudo só me restaram duas coisas: reconhecer que o Jesus histórico era (e é!) o Cristo e tê-lo como meu Senhor e Salvador.
Só vamos dar uma olhada numa dessas profecias, a que diz respeito ao local de nascimento do Messias, e o cumprimento da mesma no Novo Testamento:
“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miquéias 5:2)
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.” (Mateus 2:1-6)
PARA REFLETIR:
“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:13-16)
Acredito que mais importante para se destacar de todo o processo de meu encontro com Deus é que eu o estava buscando. O primeiro versículo que me impactou nisso foi o seguinte: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (João 15:15) Mas eu não queria SÓ mais um amigo. Eu queria Deus.
Aí me caiu nas mãos um estudo bíblico sobre as profecias a respeito do Messias e o seu cumprimento em Jesus. Foi fantástico. Ao fim do estudo só me restaram duas coisas: reconhecer que o Jesus histórico era (e é!) o Cristo e tê-lo como meu Senhor e Salvador.
Só vamos dar uma olhada numa dessas profecias, a que diz respeito ao local de nascimento do Messias, e o cumprimento da mesma no Novo Testamento:
“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miquéias 5:2)
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.” (Mateus 2:1-6)
PARA REFLETIR:
“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:13-16)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
O FRANCO-ATIRADOR
Me lembro direitinho da época em que me ensinaram a evangelizar usando o versículo seguinte: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Apocalipse 3:20) Ensinaram-me que é Jesus batendo à porta do coração dos que não são convertidos. Ilustrava-se isso citando esse quadro acima, chamando a atenção para a porta que “só tem maçaneta por dentro” e que só a pessoa é que pode permitir a entrada de Deus na sua vida, pois Jesus nunca vai arrombar aquela porta. Só que acontece o seguinte: esse versículo está inserido em uma carta a uma igreja, à Igreja de Laodicéia, e se Jesus Cristo está batendo à porta querendo entrar é porque JESUS ESTÁ FORA DA IGREJA! Então Jesus está fora da Igreja hoje?
Toda comunidade representativa do Corpo de Cristo em um determinado local tem em seu bojo um grupo de pessoas que levam Deus a sério. Nunca são todos, sempre há joio misturado com o trigo.
Jesus nunca entrou no coração desses que são joio, e dentre esses há aqueles que são franco-atiradores. Não colaboram com nada, sentam-se em um banco e ficam criticando tudo. Nada escapa: o coral, a seleção das músicas, a roupa dos outros, a oração, o sermão, a altura do som, o boletim da Igreja, tudo vira alvo para os “tiros” maldosos dessas pessoas.
Confesso que quando eu era mais imaturo eu gostava de fazer isso. O gosto estava na busca por relevância no grupo. Achava que colaborava muito sendo oposição “inteligente”, só que tinha tudo de petulância e nada de inteligência. E acabava me desgastando com bobagens e logicamente não era ouvido nem considerado. As críticas devem ser reservadas a somente coisas muito sérias, erros extremos, se é que venham a existir.
Nesses momentos Jesus estava lá, do lado de fora do meu coração, querendo entrar para ter comunhão comigo.
PARA REFLETIR:
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas.” (Filipenses 2:14)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
ELA CHEGA DEVAGAR E INEXORAVELMENTE
Acho que já escrevi sobre um casal de velhinhos que passava o dia inteiro sentados na varanda da casa em que moravam. O dia inteiro! Sem fazer coisa alguma, nem um tricô, ou palavras cruzadas, nada! Sinceramente, eu não quero uma velhice assim.
Tenho me esforçado para me preparar para essa época da vida em que os dias não são mais tão prazerosos como antes. Fico imaginando um homem bem velhinho, à noite, olhando para a Lua e para as estrelas e já não se entusiasmando com esse espetáculo natural. Também, quantas vezes ele já deve ter feito isso? Ou então ele ficar se lamentando de que a chuva que cai lá fora “não vai parar nunca”, como se isso fizesse alguma diferença para ele.
Todo mundo sente que braços e pernas vão enfraquecendo dia após dia, e isso traz insegurança e sedentarismo não produtivo. E nem todo mundo se prepara para viver assim, e vai ter que vivenciar isso, a não ser que morra antes.
Já não vamos (note que já estou me incluindo) poder comer de tudo, primeiro porque os dentes começam a cair e não poderemos mastigar direito, e também porque as comidas começam a fazer mal e a trazer efeitos indesejáveis.
Ninguém vai ouvir o que falamos, em todos os sentidos.
Vamos ficar um pouco cegos, outro tanto surdos e isso vai deixar as pessoas irritadas e impacientes. Mas como é que eles vão nos ouvir se ficam com a TV, o rádio e o som ligados o tempo todo? Com isso vamos chorar de tristeza porque só nós saberemos que não é culpa nossa.
Assim vamos querer dormir para que esses dias, tristes que são, passem mais rápido, mas a insônia vai nos tirar da cama cedo demais para quem tem que cuidar de nós.
E o medo então? Medo de cair, de se machucar, de dar vexame, de não saber como se comportar, de passar vergonha.
Será que eles vão chorar quando eu morrer?
Ao terminar de ler esse texto, você estará um pouco mais velho do que quando começou a lê-lo!
PARA REFLETIR:
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.” (Salmos 92:12-15)
“Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder.” (Salmos 71:18)
“Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça.” (Provérbios 16:31)
Tenho me esforçado para me preparar para essa época da vida em que os dias não são mais tão prazerosos como antes. Fico imaginando um homem bem velhinho, à noite, olhando para a Lua e para as estrelas e já não se entusiasmando com esse espetáculo natural. Também, quantas vezes ele já deve ter feito isso? Ou então ele ficar se lamentando de que a chuva que cai lá fora “não vai parar nunca”, como se isso fizesse alguma diferença para ele.
Todo mundo sente que braços e pernas vão enfraquecendo dia após dia, e isso traz insegurança e sedentarismo não produtivo. E nem todo mundo se prepara para viver assim, e vai ter que vivenciar isso, a não ser que morra antes.
Já não vamos (note que já estou me incluindo) poder comer de tudo, primeiro porque os dentes começam a cair e não poderemos mastigar direito, e também porque as comidas começam a fazer mal e a trazer efeitos indesejáveis.
Ninguém vai ouvir o que falamos, em todos os sentidos.
Vamos ficar um pouco cegos, outro tanto surdos e isso vai deixar as pessoas irritadas e impacientes. Mas como é que eles vão nos ouvir se ficam com a TV, o rádio e o som ligados o tempo todo? Com isso vamos chorar de tristeza porque só nós saberemos que não é culpa nossa.
Assim vamos querer dormir para que esses dias, tristes que são, passem mais rápido, mas a insônia vai nos tirar da cama cedo demais para quem tem que cuidar de nós.
E o medo então? Medo de cair, de se machucar, de dar vexame, de não saber como se comportar, de passar vergonha.
Será que eles vão chorar quando eu morrer?
Ao terminar de ler esse texto, você estará um pouco mais velho do que quando começou a lê-lo!
PARA REFLETIR:
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.” (Salmos 92:12-15)
“Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder.” (Salmos 71:18)
“Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça.” (Provérbios 16:31)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
DEZ POR CENTO
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Malaquias 3:8-10)
Certa vez assisti a uma palestra de um missionário norte-americano sobre finanças pessoais. Na ocasião ele ensinou que devemos dar 10% do que ganhamos para a obra de Deus, 10% devemos guardar para o futuro e gastarmos os 80% em “ações de graças”.
A proposta é bem interessante. Só uma ressalva: a orientação do dízimo como oferta a Deus é um mínimo, ou uma simples sugestão. Soube de um caso em que um casal, depois de seus filhos terem alcançado sua autonomia e independência financeira, resolveram viver com 10% do que ganhavam e o resto devolver a Deus. Eles assim fizeram e tiveram êxito!
A viúva pobre deu tudo o que tinha! “Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.” (Marcos 12:41-44)
E quanto aos 10% para o futuro? É necessário que sejamos previdentes. Ouvi a história de um pastor que atingiu os 80 anos e não dava mais conta do seu serviço na Igreja. Nunca contribuíra para ter uma aposentadoria, nem pública e nem privada, não tinha imóvel próprio e morava na casa pastoral. A sua Igreja não tinha como aposentá-lo e nem como contratar outro pastor para substituí-lo, pois ele ficaria totalmente desamparado!
A fórmula entregue por aquele pastor americano que citei lá em cima é inteligente, só não pode ser rígida.
PARA REFLETIR:
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)
Certa vez assisti a uma palestra de um missionário norte-americano sobre finanças pessoais. Na ocasião ele ensinou que devemos dar 10% do que ganhamos para a obra de Deus, 10% devemos guardar para o futuro e gastarmos os 80% em “ações de graças”.
A proposta é bem interessante. Só uma ressalva: a orientação do dízimo como oferta a Deus é um mínimo, ou uma simples sugestão. Soube de um caso em que um casal, depois de seus filhos terem alcançado sua autonomia e independência financeira, resolveram viver com 10% do que ganhavam e o resto devolver a Deus. Eles assim fizeram e tiveram êxito!
A viúva pobre deu tudo o que tinha! “Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.” (Marcos 12:41-44)
E quanto aos 10% para o futuro? É necessário que sejamos previdentes. Ouvi a história de um pastor que atingiu os 80 anos e não dava mais conta do seu serviço na Igreja. Nunca contribuíra para ter uma aposentadoria, nem pública e nem privada, não tinha imóvel próprio e morava na casa pastoral. A sua Igreja não tinha como aposentá-lo e nem como contratar outro pastor para substituí-lo, pois ele ficaria totalmente desamparado!
A fórmula entregue por aquele pastor americano que citei lá em cima é inteligente, só não pode ser rígida.
PARA REFLETIR:
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)
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