quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PARA AGIRMOS, TEMOS QUE PENSAR, E PARA PENSAR, PRECISAMOS PARAR UM POUCO

Uma jovem, digamos que ela se chama Cibele, veio me procurar para pedir um conselho. O que aconteceu foi o seguinte: certa tarde, andando pelo centro da cidade, ela se encontrou com uma amiga que frequentava a mesma Igreja que ela. Essa amiga mostrou que a sandália que usava tinha acabado de arrebentar, e pediu se a Cibele poderia comprar outra com o cartão de crédito dela (da Cibele) e a amiga pagaria a fatura quando fosse o dia. A Cibele concordou e na loja escolhida, já que ia fazer compra, a amiga levou outras coisas, tais como roupas e acessórios. Além de um par de sapatos, é claro.
A tal da amiga depois disso, sumiu. A Cibele ficou com uma dívida a qual não podia pagar.
Quando perguntei a ela qual fora o seu erro, ela respondeu: “Foi querer ser boa e tentar ajudar os outros”. Eu retruquei afirmando que ser bom e ajudar os outros é mandamento bíblico.
Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome,” (Lucas 12:33)
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10)
Então qual foi o erro dessa jovem? Foi gastar o que não tem, mesmo que para fazer o “bem” a uma outra pessoa. Essa não foi a primeira vez que a Cibele contraiu dívidas. Eu mesmo já ensinei a ela alguns princípios para se lidar com o dinheiro (não gastar mais do que podemos pagar; não usar nosso crédito para os outros pagarem; não usar o crédito de outros para nós pagarmos; emprestar dinheiro só quando podemos abrir mão daquela quantia caso não a recebamos de volta).
A Cibele já sabia o que era o certo. Mas fez o errado. Avaliando juntos, descobrimos que ela simplesmente não pensou. Seus valores ainda não estão sedimentados. Ainda não são uma resposta imediata, um reflexo automático a uma situação. Ainda não sei porque.
PARA REFLETIR:
Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” (Provérbios 19:2)

2 comentários:

  1. Xyko,
    Eu, particularmente, achava muito difícil dizer não para as pessoas. E por isso já contraí dívida que não era minha e pior, também já perdi amizades.
    Um dia, numa conversa com a avó (linda e sábia) do Giovani (meu esposo), ela me contou que o seu marido, mineirinho lá de Moeda, quando em vida, dizia que: "Melhor ficar uns minutinhos vermelho de vergonha, do que o resto da vida roxo de raiva". Depois disso, tenho ficado mais vermelha do que roxa (ou amarela).
    Um grande abraço (para a Denise também).
    Saudades,

    Flávia

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  2. Caro Xyko,

    Realmente parece que tem gente que sabe direitinho o momento de nos constranger para conseguir um empréstimo ou coisa parecida e essa tirada da Flávia do vermelho e do roxo é bem legal.
    Quantos aos gastos, eu sempre digo aos meus filhos que quem deve colocar os limites deve ser a gente mesmo e não o próprio dinheiro... dificilmente conseguimos parar de gastar quando ele está acabando e, por isso, sempre acabamos gastando mais do que temos e ficamos na mão. Quem confia que vai parar de gastar quando o dinheiro acabar geralmente se dá mal.


    Paz,

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