segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

QUEM É SÃO E QUEM É DOENTE

Quando cheguei ao hospital já me avisaram que aquele paciente portador do vírus da AIDS estava morrendo. Imediatamente corri para a enfermaria onde ele estava. No caminho fui pensando naquele meu irmão em Cristo. Desde o dia em que ele foi internado eu o acompanhei, e à esposa também. Quando os conheci, aqueles jovens estavam afastados de uma determinada Igreja evangélica. Depois de muita conversa, consegui convencê-los a se reconciliar com aquela comunidade, e eles assim o fizeram, passando a frequentar novamente a Igreja. Nunca orei com eles, pois aquela denominação proíbe que eles orem com alguém que não seja membro da mesma.
Quando cheguei no quarto, a cena era terrível: médicos e enfermeiros tentavam fazer algo por ele que sofria horrores nos seus últimos momentos. Um dos médicos me falou: “Pastor, o senhor vai ser mais útil se ficar com a mulher dele que está sozinha na sala de espera”. Então corri para lá.
Quando a encontrei ela segurou nas minhas mãos e perguntou “O senhor o viu?”, e quando fiz sim com a cabeça ela comentou “A situação é bem feia”.
Automaticamente, meio sem pensar, perguntei se ela queria orar e, muito constrangido eu a ouvi dizer “Prefiro não”.
Mesmo no momento da dor de perder o marido naquelas circunstâncias, ela não reconhecia outro que não fosse da sua própria Igreja como um irmão! Os membros daquela denominação criam um perfil de quem eles acham que é cristão, tentam se encaixar naquela forma e usam esse formato como padrão para julgarem os outros. Para eles, apesar de tudo, eu não era um irmão em Cristo, mas um amigo. Amigo, mas indigno de compartilhar com eles um momento de oração.
Uma atitude farisaica:
“Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?” (Marcos 2:16)
Confesso que de vez em quando eu tenho feito isso, ou seja, ser um pouco fariseu. Você não?
PARA REFLETIR:
“Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2:17)

3 comentários:

  1. Pastor eis um versículo para enriquecer seu texto: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mateus 13:37-40
    Paz de Cristo
    Ezequiel da Silva.

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  2. Caro Xyko,

    É realmente muito triste essa postura fechada de muitas denominações que se dizem "cristãs".
    O Cristo em pessoa nos mostrou o amor e o acolhimento ao pecador, ao diferente, ao fraco...
    Só não vê quem não quer.
    Jesus nos ensinou a "construir pontes" e não muros...


    Paz,

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  3. AS TRÊS FLORES NA ÁRVORE

    Três flores estavam em uma árvore. Uma delas era orgulhosa e altiva. A orgulhosa disse: “sou forte, jamais vou cair desta árvore. Serei eterna em minha beleza”.

    Uma outra flor, a influenciável, idolatrou a flor orgulhosa: “como são belas suas palavras. São palavras positivas, pena que eu não tenho sua força. Já me vejo caindo da árvore e por isto sofro enquanto você sorri”.

    A terceira flor tudo ouvia e falou: “Deus, seja feita a Sua vontade, seguirei o Seu caminho e realizarei o que a mim me cabe”.

    A flor orgulhosa criticou as palavras da terceira flor: “você pensa pequeno, deseje tudo que você vai conseguir”. A terceira flor disse: “desejo seguir a Deus”. E porque ela persistiu em seguir a Deus, ela entendeu muitas coisas e adquiriu sabedoria.

    O tempo das flores foi passando e a flor influenciável estava deprimida porque ela não conseguia nada e sabia que estaria derrotada em breve, ao cair no chão. Estranhamente, para a flor influenciável, a flor orgulhosa também estava na mesma situação, mas não parava de repetir que era forte, era positiva e não cairia no chão. A terceira flor estava satisfeita com sua vida e se sentia realizada em sua nova missão de adubar o solo.

    Quase sem força a flor influenciável falou para flor satisfeita: “sua idiota, não vê que estamos a morrer a cada segundo. Vamos cair e .. que destino cruel!” A flor orgulhosa, sem força mas com petulância, continuou a crítica: “ela é fraca, por isto desistiu de lutar e se ilude com esta cara de felicidade”. A terceira flor embalada na gratidão, no desejo de servir e na sabedoria escutava aquilo e pedia para Deus ajudar a diminuir o sofrimento das duas outras flores.

    Que neste ano de 2011 possamos todos servir a Deus.

    Abraço,

    Regis Mesquita



    “De nada teria adiantado Jesus nascer em Belém se ele não renascer em

    nosso coração, transformando nossas pessoas e nosso modo de viver."

    Autor conhecido

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